O governo Trump, por meio de seus advogados, pediu à Suprema Corte para rejeitar um pedido emergencial que busca impedir temporariamente as deportações de venezuelanos sob uma lei rara do século XVIII relacionada a tempos de guerra. O procurador-geral D. John Sauer argumentou que os juízes deveriam dissolver a suspensão administrativa que havia sido emitida anteriormente, permitindo que tribunais inferiores analisem o caso antes de qualquer outra intervenção. Enquanto isso, as deportações continuam suspensas enquanto a questão é debatida. A equipe jurídica do governo afirmou que o pedido dos advogados dos migrantes era "fatalmente prematuro" e que eles tinham pulado indevidamente instâncias judiciais inferiores.
O governo declarou que já tinha dado aviso prévio aos detidos que estavam sujeitos a deportação iminente e que esses indivíduos tiveram tempo suficiente para protocolar contestações legais contra sua remoção. Além disso, foi destacado que o governo concordou em não deportar nenhum detido com reclamações pendentes no sistema judicial.
No contexto da disputa legal, o procurador-geral sustentou que o governo cumpriu todos os requisitos processuais necessários ao fornecer notificações adequadas. Essa abordagem demonstra a preocupação do governo em seguir rigorosamente as normas legais antes de executar deportações. Adicionalmente, o governo sublinhou que tomou precauções adicionais ao garantir que nenhuma pessoa com questões legais ativas fosse deportada durante o período de análise do tribunal.
A Suprema Corte interveio rapidamente após receber o caso, emitindo uma ordem preliminar que suspendeu temporariamente as deportações até que houvesse uma decisão final. Esse movimento incomum reflete a complexidade e a urgência envolvida na situação dos migrantes venezuelanos.
Após a decisão inicial da Suprema Corte, o governo apresentou um extenso documento de 17 páginas detalhando suas razões para continuar com o processo de deportação. Este documento chegou horas depois de uma decisão noturna inusitada por parte dos juízes, que bloquearam temporariamente as deportações em uma ordem breve e anônima. Tal sequência de eventos indica o embate jurídico intenso entre as partes envolvidas, além da importância estratégica desse caso dentro do panorama político e legal atual.