O recém-eleito Papa, Robert Prevost, revelou as razões profundas que o levaram a escolher o nome Leão XIV para seu pontificado. Inspirado pelo legado de Leão XIII, especialmente pela sua influente encíclica "Rerum Novarum", o novo líder da Igreja busca enfrentar os desafios sociais contemporâneos. Ele conecta questões atuais, como a revolução tecnológica e a inteligência artificial, às bases doutrinárias estabelecidas no século XIX.
Prevost enfatiza que a doutrina social da Igreja continua relevante em um mundo em rápida transformação. A defesa da dignidade humana, da justiça e dos direitos laborais é central para sua visão. Ao evocar a memória de Leão XIII, ele reitera o compromisso da Igreja com a proteção das pessoas em meio às mudanças industriais modernas.
Robert Prevost fundamenta sua escolha do nome Leão XIV na obra visionária de seu antecessor homônimo. O Papa Leão XIII foi pioneiro ao abordar questões sociais emergentes durante a primeira grande revolução industrial através da encíclica "Rerum Novarum". Esta carta marcou um ponto de virada ao oferecer orientações claras sobre justiça econômica e direitos humanos.
No contexto histórico de então, a Igreja enfrentava uma sociedade em transição radical, onde avanços tecnológicos alteravam significativamente a estrutura laboral e social. A resposta de Leão XIII foi fundamentar princípios sólidos que ainda ressoam hoje. Prevost reconhece essa contribuição como vital, destacando que as reflexões de Leão XIII moldaram não apenas a doutrina social da Igreja, mas também o diálogo entre fé e realidade secular. A escolha do nome reflete, assim, uma conexão profunda com esses valores históricos.
Com o nome Leão XIV, Robert Prevost pretende aplicar ensinamentos passados a problemas presentes. Em particular, destaca-se a crescente importância de lidar com as implicações éticas da inteligência artificial e da nova era industrial. Esses avanços trazem desafios sem precedentes à dignidade humana e aos direitos trabalhistas, áreas em que a Igreja pode oferecer uma perspectiva esclarecedora.
O Papa vê nas ferramentas tecnológicas tanto oportunidades quanto ameaças. Enquanto promovem progresso, podem gerar desigualdade e alienação. Por isso, defende-se uma abordagem equilibrada, ancorada nos princípios da doutrina social. Prevost argumenta que, assim como ocorreu no século XIX, a Igreja tem o dever de ser uma voz ativa no debate global sobre justiça social. Sua missão será traduzir os ensinamentos clássicos em soluções práticas para um mundo em constante mudança.