Desde sua criação em 2014, o coletivo Pérfida Iguana tem sido reconhecido por seu trabalho experimental e provocativo. Através de performances que frequentemente geram debates acalorados sobre a definição da dança, eles têm construído uma reputação sólida no cenário cultural brasileiro. Este artigo explora profundamente como o grupo enfrentou desafios significativos durante a pandemia e como isso influenciou suas perspectivas artísticas.
No coração da cidade de São Paulo, o coletivo Pérfida Iguana começou sua jornada há dez anos com uma visão ambiciosa: explorar as fronteiras entre movimento, expressão e narrativa. Desde então, o grupo tornou-se sinônimo de experimentação e criatividade irrestrita. Seus espetáculos não apenas ampliam os conceitos convencionais de dança, mas também convidam o público a refletir sobre a natureza fluida da arte contemporânea.
Composta por artistas visionários como Carolina Callegaro e Renan Marcondes, acompanhados pela produtora Tetembua Dandara, o coletivo desenvolveu uma abordagem única para criar experiências artísticas profundas. Cada peça é uma tentativa de redefinir o espaço onde a dança pode existir, seja através de vídeos digitais ou performances ao vivo.
Um dos momentos mais marcantes na trajetória do Pérfida Iguana foi quando seus trabalhos foram questionados oficialmente por gestores culturais. Durante a pandemia, o grupo recebeu um parecer crítico sobre sua série de vídeos "Manejo", produzida com recursos públicos. Esse episódio levantou questões fundamentais sobre a legitimidade da arte experimental no panorama cultural atual.
Carolina Callegaro explicou que tal crítica trouxe à tona reflexões importantes sobre o papel das políticas públicas na sustentação de práticas artísticas inovadoras. Ela ressaltou que a pesquisa contínua e o risco associado às obras experimentais são elementos cruciais para manter a cultura viva e dinâmica. Mesmo diante de desafios legais, o coletivo emergiu ainda mais determinado a continuar sua missão de pesquisar e expandir o campo da dança.
Inspirado pelas complexidades de sua própria história, o Pérfida Iguana apresenta o espetáculo "Reconhecer e Perseguir". Este trabalho celebra a capacidade humana de criar e transformar continuamente, enquanto reconhece a instabilidade inerente a qualquer processo criativo. A performance convida o público a embarcar em uma jornada sensorial que transcende as barreiras convencionais da dança.
Ao longo de aproximadamente sessenta minutos, os espectadores são transportados para um universo onde o passado, presente e futuro se entrelaçam de maneira poética. A cada cena, novos caminhos são abertos, revelando a beleza e a complexidade da colaboração artística. A direção cuidadosa de Carolina Callegaro, Raul Rachou e Renan Marcondes garante que cada detalhe seja meticulosamente elaborado, resultando em uma experiência memorável.
Ao enfrentar críticas e superar obstáculos, o Pérfida Iguana demonstra a importância da arte experimental na sociedade. Suas obras não apenas questionam as convenções estabelecidas, mas também incentivam o público a pensar criticamente sobre o mundo ao seu redor. Este impacto social é evidente em todas as atividades do coletivo, desde suas performances até sua presença nas redes sociais.
Ao engajar comunidades locais e internacionais, o Pérfida Iguana está ajudando a moldar um futuro mais inclusivo e diversificado para as artes. Sua abordagem colaborativa e aberta inspira outros artistas a buscar novas formas de expressão, independentemente das dificuldades que possam surgir no caminho.