O presidente Donald Trump anunciou na última quinta-feira a retirada da nomeação da deputada Elise Stefanik, membro do Partido Republicano pelo estado de Nova York, para o cargo de embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas. A decisão ocorre em meio a preocupações republicanas sobre a manutenção de sua estreita maioria na Câmara dos Representantes. Atualmente, os republicanos detêm 218 cadeiras contra 213 dos democratas, com quatro assentos vagos. As eleições especiais fora de temporada podem trazer imprevistos, influenciando diretamente no equilíbrio político. Trump enfatizou que Stefanik deve permanecer no Congresso para apoiar iniciativas como cortes de impostos históricos, crescimento econômico recorde e segurança nas fronteiras.
Antes da nomeação, Stefanik era a mulher de mais alto escalão servindo como republicana na Câmara dos Representantes. Após a indicação, os republicanos da Câmara elegeram Lisa McClain, de Michigan, para sucedê-la como presidente da conferência. Trump afirmou que Stefanik "retornará à equipe de liderança da Câmara", embora não tenha detalhado seu papel específico. Em um post na plataforma X, o presidente da Câmara, Mike Johnson, do Louisiana, convidou Stefanik a reassumir imediatamente sua posição na liderança, sem fornecer mais informações sobre suas funções.
Stefanik destacou-se como uma defensora firme de Trump durante os processos de impeachment de 2019 e chamou atenção ao questionar reitores universitários em audiências congressuais sobre o antissemitismo nos campi acadêmicos. Em fevereiro, Johnson reconheceu publicamente que precisava da presença de Stefanik na Câmara para garantir votos suficientes para aprovar uma resolução orçamentária, mesmo apoiando sua nomeação para o cargo ministerial.
O líder da minoria na Câmara, Hakeem Jeffries, do Partido Democrata de Nova York, respondeu ao anúncio de Trump afirmando que a decisão de retirar a nomeação reflete uma vulnerabilidade republicana em caso de eleição especial para substituir Stefanik. "A agenda republicana é extremamente impopular, eles estão desestabilizando a economia em tempo real e os republicanos da Câmara estão com medo", declarou Jeffries. Ele questionou ainda: "O que aconteceu com o tal mandato deles?"
A escolha de Trump de manter Stefanik no Congresso demonstra a importância estratégica que ela tem para a manutenção do controle republicano na Câmara, especialmente em um cenário político cada vez mais instável e competitivo.