A hist\u00f3ria do mercado de jogos port\u00e1teis \u00e9 marcada por altos e baixos, e o vindouro lan\u00e7amento do ROG Xbox Ally da Microsoft, desenvolvido em parceria com a Asus, reacende o debate sobre o que realmente impulsiona o sucesso neste segmento. Em meio a essa nova onda de dispositivos, \u00e9 fundamental revisitar as li\u00e7\u00f5es do passado, especialmente os desafios enfrentados por consoles como o PlayStation Vita. A an\u00e1lise dos erros passados \u00e9 crucial para as empresas que almejam conquistar um espa\u00e7o duradouro no cen\u00e1rio dos jogos m\u00f3veis, oferecendo produtos que n\u00e3o apenas rivalizem com seus antecessores, mas que tamb\u00e9m apresentem propostas de valor genuinamente inovadoras.

Shawn Layden, uma figura proeminente que j\u00e1 liderou a Sony Interactive Entertainment America, recentemente abordou a estrat\u00e9gia equivocada por tr\u00e1s do PlayStation Vita. Em um podcast, Layden expressou que o principal problema do PS Vita foi a tentativa de transpor a complexa experi\u00eancia de um console de mesa, como o PlayStation 3, para um dispositivo de bolso. Segundo ele, o sucesso no universo dos port\u00e1teis n\u00e3o reside na mera adapta\u00e7\u00e3o de conte\u00fado de consoles maiores, mas sim na cria\u00e7\u00e3o de viv\u00eancias ludicas pensadas especificamente para o formato port\u00e1til. Isso significa desenvolver jogos e funcionalidades que capitalizem as particularidades desses aparelhos, oferecendo algo que n\u00e3o possa ser replicado de forma eficaz em outras plataformas.

As palavras de Layden ressoam como um aviso para as empresas que agora buscam inovar no setor de jogos port\u00e1teis. Ele argumentou que, para prosperar nesse nicho, as desenvolvedoras precisam focar em experi\u00eancias que sejam naturalmente envolventes e adequadas \u00e0 mobilidade. A portabilidade n\u00e3o deve ser apenas um recurso t\u00e9cnico, mas um elemento central que molda o design e a jogabilidade. Al\u00e9m das falhas de concep\u00e7\u00e3o de experi\u00eancia, Shuhei Yoshida, outro nome influente na Sony, j\u00e1 havia mencionado que as escolhas t\u00e9cnicas, como a obrigatoriedade de cart\u00f5es de mem\u00f3ria propriet\u00e1rios e de alto custo, tamb\u00e9m contribu\u00edram para a dificuldade de ado\u00e7\u00e3o do PlayStation Vita pelo p\u00fablico. Esses fatores, combinados com a falta de um ecossistema de jogos pensado para o formato, acabaram por minar a viabilidade do dispositivo no mercado.

O mercado de jogos port\u00e1teis est\u00e1 em constante evolu\u00e7\u00e3o, com novos competidores e abordagens surgindo regularmente. O lan\u00e7amento iminente de dispositivos como o ROG Xbox Ally sinaliza um renovado interesse das grandes empresas nesse segmento. H\u00e1 tamb\u00e9m especula\u00e7\u00f5es sobre a possibilidade de a pr\u00f3pria Sony estar desenvolvendo um novo console port\u00e1til, o que indicaria que a empresa pode ter aprendido com seus erros passados. A verdadeira chave para o sucesso neste espa\u00e7o reside na capacidade de inovar, oferecendo propostas de valor \u00fanicas que capturem a aten\u00e7\u00e3o e a lealdade dos jogadores, adaptando-se \u00e0s exig\u00eancias e oportunidades do formato m\u00f3vel.