Em meio à sua recuperação de uma grave pneumonia dupla, o líder da Igreja Católica aproveitou a celebração pascal para emitir um chamado urgente à paz. Durante uma breve aparição no Vaticano, milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro ouviram uma mensagem lida por um auxiliar do Papa Francisco, onde ele expressou preocupação com os sofrimentos dos povos israelense e palestino. O texto destacava a necessidade de cessar as hostilidades que têm causado uma situação humanitária desoladora após 18 meses de conflito armado.

O encontro entre diferentes facetas da política internacional e religião foi evidenciado pela visita do vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, ao Vaticano. Antes desse encontro diplomático, o pontífice havia criticado abertamente medidas adotadas pelo governo norte-americano, particularmente aquelas relacionadas à imigração. Ele rejeitou veementemente a justificativa teológica usada por Vance para defender políticas restritivas contra migrantes, enfatizando que a responsabilidade cristã exige cuidado universal, não apenas local.

A solidariedade humana transcende fronteiras e diferenças culturais, sendo um valor central que deve orientar tanto líderes religiosos quanto políticos. A mensagem de Francisco ecoa a importância de priorizar soluções pacíficas e colaborativas em crises globais, como a vivida na Faixa de Gaza. Ao mesmo tempo, ele alerta sobre o ressurgimento de preconceitos, como o antissemitismo, e incentiva gestos concretos de reconciliação entre grupos rivais, demonstrando que o diálogo pode ser mais poderoso do que o conflito armado.