O governo chinês emitiu um aviso claro aos seus parceiros comerciais, instando-os a não cederem às pressões dos Estados Unidos para restringir o comércio com Pequim. Em troca, Washington oferece isenções das tarifas "recíprocas" impostas pelo presidente Donald Trump. Um porta-voz do Ministério do Comércio da China afirmou que buscar interesses próprios à custa de outros é contraproducente e prejudicial para ambas as partes. O comunicado foi emitido após notícias recentes sobre planos americanos para usar negociações tarifárias como estratégia para isolar economicamente a China.
No início de abril, Trump suspendeu temporariamente suas tarifas recíprocas sobre a maioria dos países por 90 dias, concentrando sua guerra comercial exclusivamente na China, aumentando os impostos sobre importações chinesas para uma impressionante taxa de 145%. De acordo com reportagens do jornal The Wall Street Journal, a administração Trump planeja utilizar essas negociações para pressionar parceiros comerciais a limitarem suas interações econômicas com a China, em troca de alívios nas barreiras comerciais impostas pela Casa Branca.
O Ministério do Comércio Chinês enfatizou que Pequim se opõe firmemente a qualquer acordo que prejudique seus interesses. Caso tal situação ocorra, a China promete adotar medidas retaliatórias correspondentes de forma determinada. Essa posição foi expressa em um comunicado oficial onde se destacou que concessões não trazem paz nem respeito.
A tensão entre as duas maiores economias globais continua a crescer, enquanto Washington busca consolidar acordos internacionais que excluam a China de rotas comerciais estratégicas. A resposta chinesa sublinha sua postura inabalável frente às manobras americanas, indicando que não aceitará ser marginalizada no cenário econômico mundial.
À medida que as negociações avançam, tanto os EUA quanto a China enfrentam desafios significativos. Enquanto isso, permanece incerto como os parceiros comerciais reagirão à pressão americana, especialmente diante da advertência chinesa de que compromissos obtidos sob coação podem resultar em consequências indesejáveis para todos os envolvidos.