O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem promovido mudanças significativas no setor energético do país. Com uma série de ordens executivas, ele busca revitalizar as usinas a carvão, contrastando com as políticas anteriores que visavam sua redução. Especialistas argumentam que o retorno ao carvão pode não ser viável economicamente ou ecologicamente, especialmente em um mundo onde a demanda por energia sustentável está aumentando.
Embora Trump defenda o uso do carvão como solução para crises energéticas emergentes, especialistas apontam para o declínio inevitável dessa fonte poluente. O avanço das energias renováveis e o gás natural mais limpo têm ganhado espaço nos EUA, enquanto estados como a Califórnia eliminam completamente o carvão de suas estratégias energéticas.
A administração Trump busca reverter décadas de tendência decrescente no uso do carvão, incentivando medidas que protegem e expandem essa indústria. Essas decisões incluem a suspensão de regulamentos ambientais e a manutenção forçada de usinas deficitárias. No entanto, críticos destacam os impactos prejudiciais tanto na saúde pública quanto no meio ambiente.
Apesar da popularidade histórica do carvão desde a Revolução Industrial, sua queima resulta em altos níveis de dióxido de carbono e outros poluentes responsáveis por doenças respiratórias e cardiovasculares. Exemplos notáveis, como o "Grande Nevoeiro de Londres", ilustram os riscos associados à dependência deste combustível fóssil. A Agência Internacional de Energia projeta uma queda global no consumo de carvão após 2026, sugerindo que o esforço de Trump enfrentará resistência significativa.
No cenário atual, o carvão luta para competir com opções mais modernas e eficientes. Energias renováveis e o gás natural oferecem soluções menos poluentes e financeiramente atrativas. Isso leva muitos analistas a duvidar da viabilidade de longo prazo das iniciativas presidenciais.
Enquanto estados tradicionalmente dependentes do carvão, como Virgínia e Kentucky, ainda valorizam esta fonte, a tendência nacional é clara: o carvão perde relevância rapidamente. Hoje, responde apenas por 17% da matriz energética americana, sendo substituído principalmente pelo gás natural (38%) e pelas renováveis (25%). Além disso, a infraestrutura de carvão necessita de investimentos substanciais para se atualizar, tornando-a economicamente inviável. Mesmo com apoio federal, decisões estaduais e locais indicam um futuro distante do carvão, refletindo prioridades globais em direção à sustentabilidade.