O ex-ciclista britânico Bradley Wiggins, conhecido por seu triunfo no Tour de França em 2012, revelou uma fase sombria de sua vida marcada por vícios e desafios pessoais. Em sua autobiografia intitulada "A corrente", ele detalha os traumas infantis que moldaram sua trajetória e o ciclo negativo que enfrentou após aposentar-se do esporte em 2016. Durante este período, ele confessou que chegou a um ponto em que sua família temia pelo pior: “Meu filho pensava que eu poderia ser encontrado morto pela manhã.”
Ainda assim, Wiggins reconhece sua luta interna contra o vício como algo público e secreto ao mesmo tempo. Ele explica que sua dependência não era apenas física, mas também emocional, servindo como um mecanismo para aliviar a dor psicológica. "Minhas escolhas eram extremas; ou eu estava completamente sob influência de substâncias, ou abstinha-me totalmente," disse o atleta, cinco vezes campeão olímpico. Apesar disso, ele considera-se privilegiado por estar vivo e atribui parte de sua recuperação ao apoio recebido de figuras importantes, incluindo Lance Armstrong.
A história de Wiggins é mais do que uma confissão de vulnerabilidade; é um testemunho de força e resiliência. Ele destaca como a honestidade consigo mesmo e o suporte de pessoas próximas foram fundamentais para superar suas dificuldades. Além disso, encara as acusações sobre doping com transparência, explicando que utilizou certas substâncias banidas apenas com autorização médica para tratar condições específicas. Sua jornada serve como um exemplo inspirador de que, mesmo após quedas profundas, é possível encontrar caminhos para renascimento e redenção.