No dia 24 de abril de 2025, manifestantes contra o desaparecimento forçado de imigrantes em El Salvador reuniram-se em Nova York para protestar. Em meio à crescente repressão do governo Trump, uma magistrada do condado de Milwaukee foi presa pelo FBI sob a acusação de obstruir agentes da imigração. A prisão de Hannah Dugan reflete não apenas a escalada autoritária da administração, mas também a disposição de eliminar qualquer obstáculo ao poder absoluto. Enquanto isso, ativistas lutam para resistir às políticas extremas e judiciários enfrentam pressões sem precedentes.
A situação de Hannah Dugan demonstra como os juízes estão sendo colocados na linha de frente dessa batalha legal. Acusada de impedir agentes federais de prender um imigrante ilegal em sua sala de audiências, ela agora enfrenta acusações graves. O caso levanta questões sobre a independência do judiciário frente às exigências da administração Trump, que vê processos legais como meros obstáculos.
Dentro deste cenário, a prisão de Dugan ilustra uma nova fase de confronto direto entre o Poder Executivo e o Judiciário. Apesar de não haver leis explícitas em Wisconsin obrigando juízes a permitirem operações de imigração em suas cortes, a presença de agentes da ICE tem impacto negativo nos procedimentos legais. Defensores argumentam que o medo de deportação faz com que réus faltem a julgamentos. No entanto, o governo insiste em ignorar essas preocupações, priorizando uma agenda de deportações massivas.
Diante da ausência de oposição significativa, ativistas buscam formas de resistir às práticas repressivas. Embora os sindicatos tenham perdido força, as cortes se tornaram um dos poucos espaços onde há contestação real às políticas do presidente. No entanto, o sistema legal norte-americano, marcado por sua natureza carceral, não é ideal para alcançar justiça plena.
Ainda assim, decisões recentes mostram que os juízes continuam desempenhando um papel crucial. Exemplos incluem a suspensão temporária das deportações em massa de venezuelanos e a restauração de registros estudantis anteriormente cancelados. Essas vitórias, mesmo que temporárias, indicam que o judiciário pode funcionar como uma barreira contra as ordens executivas excessivas de Trump. A atuação de magistrados como Dugan, dispostos a desafiar comportamentos ilegais ou inconstitucionais, é vista como vital para manter algum equilíbrio no sistema.