No último sábado, milhares de cidadãos americanos reuniram-se em diversas localidades ao redor do país para protestar contra as ações do presidente Donald Trump desde que assumiu seu segundo mandato. Estes atos representam uma das maiores mobilizações populares desde o início deste período presidencial, com mais de 500 mil pessoas confirmadas para participar em cerca de mil manifestações organizadas por grupos comunitários e ativistas. As principais preocupações giram em torno das mudanças implementadas pelo governo Trump, como a redução de proteções para imigrantes e pessoas transgênero, além do desligamento de milhares de funcionários federais.
Em um cenário de crescente insatisfação pública, no mês de fevereiro ocorreram mais de 2.085 protestos em todo o território norte-americano, conforme relatório da Crowd Counting Consortium, uma iniciativa conjunta da Escola de Governo John F. Kennedy de Harvard e da Universidade do Connecticut. No coração dessas mobilizações está Washington, D.C., onde o evento principal teve início às 12 horas no Monumento a Washington. Organizadores esperam que este encontro supere em escala o "People's March" realizado antes da segunda posse de Trump.
Grupos consolidados, como Indivisible, Women’s March, MoveOn e Public Citizen, lideraram os esforços junto a outras iniciativas locais criadas após o dia das eleições. O objetivo é garantir que essas vozes críticas sejam ouvidas em cada distrito congressual, tornando visível a resistência nacional. Rachel O’Leary Carmona, diretora executiva da Women’s March, enfatizou que, independentemente do número de participantes, é vital registrar a luta popular contra as políticas atuais.
A administração Trump tem minimizado o impacto dessas manifestações. A porta-voz Karoline Leavitt afirmou que tais protestos não alterarão o compromisso do presidente em reformar o governo federal, tornando-o mais eficiente e responsável.
Desde o início de 2025, observa-se um aumento no número de protestos, embora muitos eventos tenham menor cobertura midiática comparada aos primeiros meses do primeiro mandato de Trump.
O movimento Hands Off busca unificar todas essas vozes em um único dia, destacando não apenas a oposição aos cortes em serviços essenciais, mas também à ameaça direta sobre direitos fundamentais e liberdades civis.
Do ponto de vista de um jornalista, estes protestos são um reflexo claro do poder das massas quando confrontadas com mudanças que consideram injustas ou prejudiciais. Eles demonstram que, mesmo em tempos de divisão política extrema, a sociedade civil ainda possui meios para expressar suas demandas de maneira pacífica e organizada. Este tipo de engajamento pode moldar futuras políticas públicas e redefinir prioridades nacionais, sendo crucial para a saúde democrática de qualquer nação.