Dezenas de milhares de manifestantes anti-Trump se reuniram em cidades ao redor do mundo, reagindo às tarifas e cortes em agências governamentais que desencadearam uma onda inicial de protestos contra a administração. Os atos ocorreram após o presidente ter alterado a economia global com poderes emergenciais raros, impactando cerca de 2,5 trilhões de dólares no valor de mercado de Wall Street. As políticas econômicas agressivas, demissões no setor público, deportações de imigrantes legais e outras questões polêmicas foram alvos dos manifestantes.
A organização ‘Hands Off!’ liderou os protestos em mais de mil cidades norte-americanas, destacando questões econômicas como principal bandeira. O movimento busca unir americanos de diferentes espectros políticos contra o que consideram ser ataques à democracia e à economia nacional.
Manifestantes em várias partes do mundo expressaram sua insatisfação com as decisões econômicas do governo Trump. Ações realizadas em Boston, Londres, Lisboa e Paris mostram um consenso internacional sobre os danos causados pelas novas políticas comerciais. Esses eventos coincidem com um aumento significativo na tensão econômica global.
O uso de poderes emergenciais por Trump para aplicar tarifas globais gerou repercussões negativas tanto dentro quanto fora dos Estados Unidos. Em Washington, o maior grupo de manifestantes carregava cartazes com frases irônicas e críticas, denunciando não apenas as tarifas, mas também figuras influentes como Elon Musk. Peter, um participante da marcha, veio de Annapolis para protestar contra o que chama de “ataque à democracia”. Já Maya, residente de Washington, enfatizou que as tarifas afetam diretamente a classe trabalhadora. Estas vozes refletem um sentimento amplamente compartilhado entre os manifestantes de que as decisões econômicas recentes estão minando a estabilidade financeira do país.
No cenário político interno, o movimento ‘Hands Off!’ tem buscado mobilizar eleitores de todas as faixas ideológicas. Com foco em questões econômicas, o grupo destaca os prejuízos causados pelas políticas de Trump e seu impacto sobre programas sociais fundamentais.
A luta interna entre democratas e republicanos torna ainda mais complexa a resposta ao governo Trump. Enquanto líderes como Jamie Raskin chamam ambos os partidos a agirem no Congresso contra as políticas econômicas consideradas ilegais, a divisão interna dificulta a criação de uma mensagem clara e eficaz. Esse contexto de incerteza política contrasta com o entusiasmo inicial das manifestações durante o primeiro mandato de Trump. A vitória de Brad Schimel em Wisconsin evidencia o potencial de aproveitar a impopularidade de figuras como Musk para galvanizar apoio popular, embora ainda haja desafios significativos na construção de uma frente unificada contra as ações do governo.