O presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva destinada a combater o aumento abusivo de preços de ingressos para entretenimento ao vivo. A medida direciona a Comissão Federal de Comércio (FTC) a colaborar com a procuradora-geral Pam Bondi para garantir que as leis de competição no setor de concertos e entretenimento sejam cumpridas. O objetivo é promover transparência nos preços durante todo o processo de compra por parte dos consumidores.

A nova ordem reforça esforços anteriores do governo Biden para acabar com taxas ocultas em ingressos de shows, incluindo a proibição de tarifas de "conveniência" ou "serviço". O problema ganhou destaque durante a turnê da cantora Taylor Swift em 2022, quando os preços de revenda chegaram a valores astronômicos, gerando críticas contra empresas como Ticketmaster.

Transparência e Combate à Exploração de Preços

A iniciativa presidencial busca regular práticas comerciais prejudiciais no mercado de bilhetes, incentivando maior transparência nas operações das empresas envolvidas. A colaboração entre órgãos federais e estaduais visa fortalecer a aplicação da Lei de Vendas de Ingressos Online Melhorados (BOTS Act), que autoriza a FTC a agir contra aqueles que utilizam softwares automáticos para adquirir grandes quantidades de ingressos e revendê-los por preços inflacionados.

Com o objetivo de proteger os interesses dos consumidores, a administração Trump ampliou medidas já implementadas pelo governo anterior, que haviam banido cobranças adicionais não reveladas previamente. Essa prática tem sido denunciada por artistas e fãs, que relatam dificuldades em obter ingressos a preços justos devido às manobras de revendedores não autorizados. A presença do músico Kid Rock no ato simboliza o apoio da indústria musical a essa intervenção regulatória.

Impacto Econômico e Desafios Setoriais

A decisão também reflete preocupações sobre o impacto econômico do setor de entretenimento ao vivo, que movimenta bilhões de dólares anualmente nos Estados Unidos. Estudos recentes destacam a importância desse segmento na geração de empregos e renda, embora questões relacionadas ao controle monopolista continuem sendo um ponto sensível. Empresas como Live Nation enfrentam acusações de abuso de poder de mercado.

Embora o setor contribua significativamente para a economia nacional, problemas estruturais permanecem. A dependência excessiva de plataformas centralizadas para distribuição de ingressos facilita a exploração de consumidores, especialmente em eventos de grande demanda. A solução proposta pela ordem executiva pretende equilibrar os interesses das partes envolvidas, garantindo que tanto artistas quanto fãs possam beneficiar-se de condições mais justas de comercialização. Além disso, espera-se que a aplicação rigorosa dessas normas incentive práticas comerciais éticas no futuro.