Uma mãe deportada para Honduras foi autorizada a falar com seu parceiro por menos de dois minutos sobre o destino de seus filhos, incluindo um cidadão americano de 2 anos. A advogada Grace Willis explicou que a mãe foi presa junto com seus dois filhos durante uma verificação rotineira com a Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE). Durante dias após sua prisão, ninguém teve permissão para entrar em contato com ela. Ela conseguiu finalmente falar com o parceiro por telefone, mas apenas por dois minutos. O caso revela práticas controversas da administração Trump em relação à deportação de mães com filhos americanos.
O governo Trump argumenta que as mães desejavam que seus filhos fossem levados consigo, mas testemunhos contradizem essa afirmação. Um julgamento está agendado para esclarecer se houve processos justos no caso dessa família específica.
A comunicação entre a mãe e o pai de seus filhos foi severamente restringida antes do processo de deportação. Após ser detida pela ICE, a mulher não pôde falar com ninguém por vários dias, até que foi permitido um breve contato telefônico com seu parceiro. Esse diálogo curto impediu qualquer decisão significativa sobre o futuro dos filhos. Além disso, a presença de um oficial da ICE durante a conversa dificultou ainda mais a discussão aberta sobre questões legais e pessoais.
Essas restrições refletem uma prática preocupante das autoridades migratórias. Quando o pai tentou fornecer informações sobre um advogado durante a ligação, o oficial interrompeu abruptamente a comunicação. Isso privou a mãe de uma oportunidade crucial de tomar decisões informadas ou buscar apoio legal. A situação demonstra como procedimentos apressados podem comprometer os direitos das famílias imigrantes, especialmente quando envolvem crianças cidadãs americanas.
O caso destaca a complexidade ética e legal envolvida na deportação de mães com filhos que possuem cidadania americana. Apesar de o governo afirmar que as mães concordaram voluntariamente em levar seus filhos, evidências sugerem que essas escolhas foram feitas sob pressão e sem acesso adequado ao sistema jurídico. O tribunal responsável pelo caso questiona se os procedimentos foram justos e transparentes, considerando o impacto sobre menores de idade.
O administrador de fronteiras Tom Homan defendeu as políticas atuais, afirmando que a cidadania de um filho não garante imunidade contra as leis migratórias. No entanto, especialistas em direito imigratório argumentam que separar famílias dessa maneira ignora nuances importantes relacionadas aos direitos das crianças e ao bem-estar familiar. Casos semelhantes, como o de outra mãe cujos filhos americanos, incluindo um com câncer, também foram deportados, aumentam a tensão em torno dessas questões. Esses incidentes geram debates sobre a eficácia e humanidade das políticas migratórias vigentes nos Estados Unidos.