A revelação recente do Switch 2 pela Nintendo trouxe preocupações significativas devido às novas tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos. Coincidentemente, o anúncio ocorreu horas antes de Trump apresentar uma nova rodada massiva de tarifas que afetam diretamente os países onde a empresa fabrica seus consoles. Essas medidas podem levar ao aumento dos preços para os consumidores norte-americanos.

Um fator crucial na situação atual é a reestruturação estratégica da cadeia de suprimentos da Nintendo. Após sofrer com as tarifas chinesas no início do mandato de Trump e os desafios trazidos pela pandemia e conflitos geopolíticos, a empresa diversificou sua produção, movendo grande parte dela para países como Vietnã e Camboja. No entanto, esses locais estão entre os mais impactados pelas novas tarifas "recíprocas". Com aumentos de até 49%, o custo adicional pode ser repassado aos consumidores finais, seguindo um padrão observado anteriormente em estudos econômicos.

Ainda há esperanças de minimizar os impactos dessas políticas comerciais. A Nintendo pode ter antecipado parte das mudanças tarifárias em seu planejamento financeiro, ajustando o preço inicial do Switch 2. Além disso, rumores indicam que a empresa está acumulando estoques substanciais nos EUA para enfrentar possíveis aumentos futuros. Apesar disso, incertezas permanecem sobre a implementação real das tarifas, já que decisões governamentais frequentemente são sujeitas a negociações e alterações. Nesse cenário complexo, a adaptabilidade das empresas e a resiliência dos mercados globais destacam-se como exemplos de superação frente a desafios econômicos.