O mundo se reúne neste sábado para despedir-se de um líder religioso icônico cuja simplicidade e humildade marcaram sua liderança. O funeral do Papa Francisco atraiu uma multidão diversificada, composta por chefes de Estado, clérigos e devotos que desejam prestar suas últimas homenagens. Este evento único ocorre seis dias após o falecimento do pontífice, aos 88 anos, em decorrência de um derrame e falência cardíaca.

Após a celebração da missa fúnebre na Praça de São Pedro, o corpo do papa será transladado para Roma, onde será sepultado na Basílica de Santa Maria Maior. Essa decisão inovadora rompe séculos de tradição vaticana, tornando Francisco o primeiro papa a ser enterrado fora do Vaticano em mais de cem anos. Ele escolheu este local especial, pois era ali que orava antes e depois de suas viagens internacionais, bem como durante momentos difíceis, como a pandemia de COVID-19.

A cerimônia reflete as instruções específicas deixadas pelo próprio papa em vida. Em vez de seguir os rituais elaborados reservados aos papas anteriores, Francisco optou por uma abordagem minimalista. Seu caixão simples, feito de madeira com revestimento interno de zinco, substituiu o tradicional conjunto de três caixões. Além disso, ele expressou o desejo de que sua lápide fosse discreta, contendo apenas seu nome em latim, "Franciscus". A escolha do mármore da região italiana da Ligúria para o túmulo simboliza ainda mais sua conexão com as raízes familiares.

O legado de Francisco perdurará não apenas nas memórias dos que o conheceram, mas também no impacto de suas decisões sobre o futuro da Igreja Católica. Sua visão de um funeral modesto serve como exemplo de autenticidade e simplicidade, valores que ele defendeu ao longo de sua vida. Esta ocasião solene marca o início de novos capítulos tanto para a comunidade católica quanto para o mundo globalizado que ele tanto amou e serviu.