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Ordem Executiva Encerra Brecha Comercial de Pequenas Importações
2025-04-03

O presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva que coloca fim à brecha comercial conhecida como "de minimis", vigente desde 2 de maio. Essa decisão havia sido suspensa temporariamente em fevereiro, mas a complexidade logística enfrentada pelas autoridades alfandegárias e empresas de entrega levou ao adiamento de sua implementação. A brecha facilitou o crescimento explosivo de gigantes chineses do comércio eletrônico, como Temu e Shein, nos Estados Unidos. O anúncio veio acompanhado de novas tarifas, permitindo mais tempo para ajustes por parte das autoridades alfandegárias e empresas logísticas.

A partir de agora, produtos elegíveis pela isenção terão uma taxa de 30% do seu valor ou $25 por item, aumentando para $50 por item em 1º de junho. A prática tem gerado preocupações sobre a entrada de mercadorias ilegais, como fentanil, além de incentivar a competição desleal de empresas estrangeiras. Empresas como Temu e Shein têm buscado expandir suas operações dentro dos EUA para se adaptar às mudanças regulatórias.

Impactos Econômicos da Brecha Comercial

A brecha comercial de pequenas importações foi amplamente utilizada por empresas chinesas de comércio eletrônico, proporcionando-lhes uma vantagem competitiva significativa no mercado norte-americano. Isso resultou em um aumento dramático no número de envios duty-free, ultrapassando 1,3 bilhões de remessas em 2024. As preocupações giram em torno da facilidade com que essas transações ocorrem, muitas vezes sem documentação adequada ou inspeção rigorosa.

Com a introdução das novas taxas, espera-se que as empresas reajustem suas estratégias comerciais. Anteriormente, a isenção permitia que pacotes de até $800 entrassem nos EUA sem tarifas. Agora, com taxas de até $50 por item, há uma pressão crescente sobre varejistas internacionais para estocarem produtos localmente ou encontrarem alternativas viáveis. Além disso, a administração Trump argumenta que a brecha facilitava o tráfico de substâncias ilícitas, enfatizando a necessidade de maior vigilância nas fronteiras.

Adaptações das Empresas Chinesas ao Novo Contexto

Frente às mudanças regulatórias, empresas como Temu e Shein começaram a expandir suas operações dentro dos Estados Unidos. Essa abordagem visa mitigar os impactos das novas tarifas e melhorar a eficiência logística. Por exemplo, Temu direcionou seus clientes para itens armazenados em centros de distribuição locais, enquanto Shein investiu na construção de hubs logísticos em estados estratégicos.

Essa estratégia não apenas reduz os custos associados ao transporte internacional, mas também fortalece a presença dessas empresas no mercado doméstico. A adaptação inclui a adoção de práticas mais transparentes e alinhadas às normas alfandegárias dos EUA, garantindo a conformidade regulatória. Ao mesmo tempo, a administração Trump continua monitorando de perto as implicações econômicas e de segurança pública decorrentes dessa mudança, reforçando a importância de políticas comerciais equilibradas que protejam tanto os consumidores quanto as indústrias locais.

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