O presidente Donald Trump implementou mudanças drásticas nos primeiros cem dias de seu governo, abrangendo economia, imigração, política externa e questões culturais. Ele redefiniu o papel do governo americano tanto internamente quanto em relações globais. Suas ações impactaram áreas como saúde pública, meio ambiente e cultura, enquanto confrontava instituições tradicionais com uma abordagem inovadora e muitas vezes polarizante.

Trump não apenas reverteu políticas estabelecidas pelo New Deal e pela Great Society, mas também questionou princípios fundamentais da administração Reagan, incluindo o comércio livre e alianças internacionais. Sua gestão trouxe desafios legais e econômicos, além de tensões nas relações diplomáticas, especialmente com a Europa, ao mesmo tempo que aplicava medidas rigorosas contra a imigração ilegal.

Impactos Econômicos e Administrativos

A administração Trump buscou remodelar profundamente a estrutura governamental e econômica dos Estados Unidos. Através de políticas protecionistas e cortes radicais no setor público, ele tentou moldar a economia nacional conforme sua visão particular.

Com a ajuda de Elon Musk, Trump implementou reformas amplas no funcionalismo federal, reduzindo drasticamente o número de empregados públicos sem análise detalhada dos programas eliminados. Essa abordagem gerou incertezas econômicas significativas, afetando a confiança dos consumidores e causando volatilidade nos mercados acionários. Apesar das promessas de prosperidade, as tarifas impostas resultaram em perdas de confiança entre investidores, criando um clima de ansiedade generalizada.

As decisões tomadas durante esse período tiveram repercussões duradouras. As medidas protecionistas levaram a uma queda na confiança dos consumidores e à convulsão nos mercados financeiros. Embora Trump afirmasse que suas tarifas trariam benefícios futuros, os resultados imediatos foram altamente negativos. Além disso, o envolvimento de Musk no projeto de eficiência governamental exacerbou as consequências humanas dessas reduções indiscriminadas, deixando para outros a responsabilidade de lidar com os impactos sociais e econômicos.

Reestruturação Social e Institucional

No campo social e institucional, Trump aplicou mudanças substanciais que alteraram dinâmicas tradicionais dentro e fora do país. Desde políticas de imigração até intervenções judiciais e culturais, seu governo buscava consolidar uma nova ordem nacional.

Em matéria de imigração, Trump adotou algumas das políticas mais rígidas da história americana, deportando migrantes sem processos judiciais adequados e utilizando leis antigas de forma inédita. Ao mesmo tempo, ele enfrentou desafios legais e resistência judicial às suas iniciativas, incluindo ordens executivas que buscavam transformar a composição demográfica e cultural do país.

Sua abordagem também incluiu ataques diretos às instituições jurídicas e educacionais americanas. Trump suspendeu credenciais de segurança de ex-funcionários públicos, investigou adversários políticos e desafiou decisões judiciais sobre questões críticas, como direitos transgêneros e liberdade religiosa. No setor cultural, ele cortou financiamento para museus e teatros, argumentando que essas instituições haviam se tornado plataformas para agendas progressistas. Essas ações refletiram uma tentativa deliberada de reconfigurar a identidade cultural e institucional dos Estados Unidos.