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Pequim Responde com Força às Tarifas de Trump
2025-04-04

O governo chinês reagiu rapidamente às recentes medidas protecionistas do presidente norte-americano Donald Trump, anunciando uma série de políticas retaliatórias na última sexta-feira. Entre as ações tomadas por três agências governamentais chinesas, destacam-se tarifas de 34% sobre importações dos Estados Unidos e sanções contra empresas americanas. Essas decisões demonstram que Pequim não pretende recuar no conflito comercial iniciado por Trump, que impôs tarifas elevadas sobre produtos importados de várias partes do mundo. A resposta inclui também restrições ao comércio de terras raras e investigações comerciais em setores específicos, como equipamentos médicos.

O Ministério da Fazenda da China revelou que adotará tarifas correspondentes às aplicadas pelos EUA sobre bens chineses, garantindo assim um equilíbrio nas penalidades econômicas. Além disso, o Ministério do Comércio adicionou 11 corporações estadunidenses à lista de "entidades não confiáveis", efetivamente impedindo suas operações no mercado chinês ou com empresas locais. Um sistema de licenciamento foi implementado para controlar a exportação de elementos raros, fundamentais em tecnologias modernas.

No mesmo dia, autoridades alfandegárias chinesas declararam que suspenderiam as importações de frangos provenientes de cinco grandes exportadores agrícolas americanos, além de interromper as importações de sorgo de uma sexta empresa. Apesar de os novos impostos chineses abrangem menos mercadorias do que os de Trump, isso ocorre porque a China compra muito menos produtos dos EUA do que vende ao país. No ano anterior, a China adquiriu US$ 147,8 bilhões em semicondutores, combustíveis fósseis e outros itens dos EUA, enquanto exportou US$ 426,9 bilhões em smartphones, móveis, brinquedos e diversos produtos.

A resposta estratégica da China reflete sua determinação em enfrentar as pressões comerciais externas, combinando medidas tarifárias e não tarifárias para proteger seus interesses econômicos. O impacto dessas ações pode ser sentido tanto nos mercados globais quanto nas relações diplomáticas entre as duas maiores economias do mundo.

Com essas ações, Pequim enviou uma mensagem clara: está preparada para sustentar um confronto prolongado no cenário comercial internacional. Ao mesmo tempo, busca minimizar os danos domésticos através de medidas seletivas e estratégicas, preservando seu papel crucial na cadeia global de suprimentos.

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