O presidente Donald Trump provocou recentemente a ideia de buscar um terceiro mandato na Casa Branca, apesar da emenda constitucional que proíbe tal possibilidade. Durante uma entrevista, ele mencionou métodos potenciais para alcançar isso e afirmou estar falando sério. A vigésima segunda emenda à Constituição estabelece que ninguém pode ser eleito presidente mais de duas vezes, mas surgiram especulações sobre brechas legais.
Embora o presidente tenha sugerido várias vezes a possibilidade de um terceiro mandato, agora ele enfatizou que não está brincando. Algumas vozes políticas sugerem que há interpretações alternativas da emenda, enquanto outros legisladores propõem revisões nela. Contudo, mudanças significativas exigiriam amplo apoio legislativo e estadual, tornando a ideia desafiadora no contexto atual.
No cenário político atual, surgiu discussão sobre como a emenda poderia ser reinterpretada ou alterada. Alguns aliados do presidente defendem que nada impede que ele busque outro mandato se não for consecutivo ao anterior. Essa perspectiva ganhou força com sugestões de que a emenda não especifica claramente essa condição.
Apesar da proibição explícita da vigésima segunda emenda, alguns argumentam que ela não menciona mandatos consecutivos, abrindo espaço para interpretações alternativas. Por exemplo, Steve Bannon, aliado próximo do presidente, sustenta que Trump seria tecnicamente elegível sob essa ótica. No Congresso, iniciativas como a proposta do representante Andy Ogles visam ajustar a redação da emenda para permitir que presidentes com mandatos não consecutivos concorram novamente. Essas modificações, no entanto, exigiriam aprovação ampla e ratificação por três quartos dos estados americanos, processo complexo e demorado.
A hipótese de Trump buscar um terceiro mandato enfrenta resistências tanto jurídicas quanto populares. Especialistas destacam que qualquer tentativa de modificar ou contornar a emenda constitucional demandaria supermajorias legislativas difíceis de alcançar no atual panorama político polarizado.
Do ponto de vista legal, especialistas como Michael Waldman da Brennan Center for Justice rejeitam a viabilidade dessa possibilidade, considerando-a ilegal e improvável de prosperar. Alterações na emenda exigiriam votações majoritárias no Congresso e ratificação pelos estados, processos historicamente complicados. Além disso, questionamentos éticos e debates sobre a idade avançada do presidente surgem como fatores adicionais. Embora Trump tenha demonstrado interesse em permanecer no cargo além de seu segundo mandato, as barreiras legais e políticas dificultam seriamente essa ambição.