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Purges no Aparelho de Segurança Nacional Sob o Novo Mandato
2025-04-04

Após a posse para o segundo mandato de Donald Trump, movimentos significativos ocorreram dentro do aparelho de segurança nacional. Em 22 de janeiro, Mike Waltz, conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, afastou cerca de 160 assessores do Conselho de Segurança Nacional, não por má conduta, mas para garantir alinhamento com a agenda presidencial. Movimentos subsequentes incluíram a demissão do presidente do Estado-Maior Conjunto e chefes legais das Forças Armadas em fevereiro, além da remoção de altos funcionários da Divisão de Segurança Nacional do Departamento de Justiça em março. O clima de purgas intensificou-se com a destituição do diretor da Agência de Segurança Nacional (NSA) e seu número dois, sem explicações claras fornecidas.

A administração de Trump tomou medidas drásticas logo após o início do novo mandato, reestruturando rapidamente as fileiras de seus principais assessores de segurança nacional. Um dos primeiros passos foi o afastamento de aproximadamente 160 colaboradores do Conselho de Segurança Nacional (CSN), liderado pelo conselheiro Mike Waltz. Essa decisão visava garantir que os membros do CSN estivessem alinhados com as prioridades políticas do presidente. Não se tratava de punição por desempenho inadequado, mas sim uma reorganização estratégica.

Em seguida, em fevereiro, houve mais mudanças radicais. O presidente demitiu o general CQ Brown Jr., então presidente do Estado-Maior Conjunto, junto com os principais advogados das forças armadas. Em março, o Departamento de Justiça também sofreu intervenções significativas, com a remoção de pelo menos três importantes responsáveis pela segurança nacional. Essas ações indicavam um padrão crescente de purgação dentro do aparato governamental.

O episódio culminante envolveu a NSA, onde o general Timothy Haugh e Wendy Noble foram repentinamente removidos de suas posições. Embora Haugh tivesse assumido recentemente, sua demissão gerou perplexidade entre observadores, especialmente porque razões oficiais não foram divulgadas. Informações revelaram que essas decisões podem estar ligadas à influência de Laura Loomer, uma ativista de extrema-direita conhecida por teorias conspiratórias radicais. Após encontros com o presidente, Loomer atribuiu a si mesma o mérito pelas demissões realizadas.

No contexto atual, preocupações surgiram sobre quem está efetivamente liderando a NSA após a saída de seus dois maiores executivos. Além disso, questionamentos pairam sobre a base dessas decisões, considerando que figuras como Loomer parecem ter maior peso na formulação de políticas do que os próprios especialistas designados.

Embora justificativas possam ser apresentadas para mudanças em equipe, a forma como essas demissões foram conduzidas levanta dúvidas sobre a competência e objetividade do processo. Analistas sugerem que a administração corre o risco de enfraquecer ainda mais sua estrutura de segurança nacional ao remover profissionais experientes com base em influências externas controversas.

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