O início desta semana testemunhou uma onda sem precedentes de cortes de empregos em agências de saúde dos Estados Unidos. Funcionários receberam notificações inesperadas pela manhã, informando sobre a eliminação de suas funções e outros encontraram-se impedidos de acessar os prédios de trabalho. Ainda não está claro quantas pessoas foram impactadas diretamente nesta terça-feira. O Secretário do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS), Robert F. Kennedy Jr., havia anunciado anteriormente que cerca de 10.000 funcionários seriam desligados, além daqueles que já deixaram voluntariamente ou estão sob licença probatória. Ele afirmou que essas mudanças visam priorizar o combate às doenças crônicas e reduzir a burocracia excessiva.
Entre as áreas afetadas estão escritórios importantes do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA). A reestruturação incluiu cortes em lideranças, funcionários antigos, cientistas e administradores. O impacto foi descrito como devastador por muitos funcionários, com algumas divisões inteiras sendo eliminadas. Essas mudanças fazem parte de um plano maior para reorganizar a força de trabalho federal de saúde, criando uma nova Administração para uma América Saudável.
Diversas agências de saúde nos EUA enfrentaram reduções significativas em sua força de trabalho esta semana. As notificações ocorreram de forma repentina, pegando muitos funcionários de surpresa. A decisão abrange diferentes níveis hierárquicos, desde líderes até funcionários de longa data, resultando em um clima de incerteza generalizada. Entre as unidades atingidas estão o Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional, o Centro Nacional de Prevenção e Controle de Lesões e outros departamentos cruciais dentro do CDC. O anúncio de Kennedy de reorganizar o sistema de saúde pública ampliou a preocupação entre os funcionários.
A magnitude dos cortes tornou-se evidente conforme diversas divisões relataram demissões em massa. No CDC, por exemplo, várias áreas-chave sofreram impacto direto, incluindo a Divisão de Violência Doméstica e os Escritórios de HIV. Funcionários receberam emails explicando que suas posições foram extintas, mas garantindo que isso não reflete seu desempenho profissional. Em alguns casos, os afetados foram colocados em licença administrativa imediata e perderam o acesso físico aos prédios. No FDA, equipes responsáveis por novos medicamentos e políticas internacionais também foram atingidas. A situação gerou tensão entre supervisores e líderes, que permanecem sem informações claras sobre quais membros de suas equipes serão afetados.
As medidas tomadas pelo HHS visam reorganizar profundamente a estrutura das agências de saúde. Apesar do objetivo declarado de melhorar a eficiência e focar no combate às doenças crônicas, muitos funcionários expressaram preocupação com os possíveis impactos negativos dessas decisões. Além das demissões, há planos para criar uma nova administração destinada a integrar múltiplas entidades governamentais relacionadas à saúde. Esse movimento busca centralizar operações de recursos humanos, comunicação e compras em algumas agências principais.
A proposta de Kennedy inclui a criação da Administração para uma América Saudável, que unirá várias organizações existentes, como o Gabinete do Secretário Assistente de Saúde e a Administração de Recursos e Serviços de Saúde. A justificativa oficial é que essa reorganização permitirá alcançar mais resultados com menos recursos. No entanto, especialistas questionam se tal abordagem realmente será benéfica no longo prazo. Funcionários temem que a perda de conhecimento acumulado ao longo de anos possa comprometer iniciativas vitais de pesquisa e prevenção de doenças. Enquanto isso, muitos continuam na expectativa de saber se seus empregos serão preservados, enquanto avaliam suas opções futuras em meio à incerteza crescente.