O governo federal realizou mudanças significativas em sua estrutura administrativa, afetando diretamente a capacidade de resposta à saúde animal e pública. Com o desligamento de 140 funcionários do Centro de Medicina Veterinária da FDA, incluindo líderes e equipes administrativas, especialistas alertam sobre as consequências para o controle de surtos como a gripe aviária. Além disso, uma redução de força no Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) levanta preocupações sobre a eficácia na prevenção de doenças que podem ameaçar tanto animais quanto humanos.
A reestruturação do HHS incluiu cortes substanciais no FDA, particularmente no setor responsável por responder a surtos de doenças animais. Especialistas afirmam que essas demissões comprometerão a habilidade do governo em lidar com crises como a gripe aviária, além de outras responsabilidades fundamentais, como garantir a segurança dos alimentos para animais domésticos.
A eliminação de posições-chave no Centro de Medicina Veterinária da FDA significa que menos recursos estarão disponíveis para monitorar e regular medicamentos, alimentos e dispositivos médicos destinados a animais. O papel crítico do centro inclui impedir a propagação de vírus perigosos, como aqueles associados à gripe aviária, que já mataram milhões de aves nos EUA. Sem os profissionais adequados, há risco aumentado de contaminação cruzada entre espécies, colocando em perigo tanto animais quanto humanos. Funcionários veteranos expressaram preocupação sobre a perda de conhecimento institucional vital após décadas de trabalho conjunto.
Além do impacto na saúde animal, os cortes também geram apreensão sobre a proteção da saúde humana. Com a redução drástica no número de funcionários, a FDA pode enfrentar dificuldades em garantir a segurança alimentar e médica necessária para prevenir epidemias. Organizações independentes destacam que as mudanças podem enfraquecer o sistema regulatório nacional.
A diminuição do quadro funcional no FDA não apenas prejudica o controle de surtos de doenças zoonóticas, como a gripe aviária, mas também compromete outras áreas importantes, como a supervisão de produtos químicos perigosos e a segurança de vacinas e testes diagnósticos. Nos últimos anos, cerca de 170 milhões de galinhas morreram ou foram sacrificadas devido à disseminação do vírus, afetando significativamente o preço dos ovos e outros produtos agrícolas. Além disso, aproximadamente 70 pessoas contraíram a doença, com um caso fatal registrado em Louisiana. Sem a supervisão adequada, há maior probabilidade de contaminação em cadeias alimentares, expondo populações vulneráveis a riscos desnecessários. Especialistas em saúde pública denunciam que tais medidas criam medo e desordem, minando a confiança no governo.