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Rússia Escapa de Tarifas Impostas por Trump em Lista Global
2025-04-03

O presidente Donald Trump implementou tarifas abrangentes que atingiram quase todos os países, exceto alguns inusitados. Surpreendentemente, a Rússia foi omitida da lista, apesar de ser um dos maiores adversários dos Estados Unidos. Enquanto pequenas ilhas desabitadas no Oceano Índico e outras nações menos relevantes economicamente foram incluídas, Moscou escapou das tarifas mínimas de 10%. Segundo o Secretário do Tesouro Scott Bessent, isso ocorreu porque as sanções pesadas já impostas contra a Rússia após a invasão da Ucrânia em 2022 praticamente eliminaram o comércio entre as nações. No entanto, Trump ameaçou novas tarifas caso não haja acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia.

Detalhes Sobre a Exclusão da Rússia nas Tarifas Globais

No outono de intensos debates comerciais, o governo americano divulgou uma lista extensa de tarifas aplicadas a vários países, mas chamou atenção ao deixar de fora a Rússia. Apesar de incluir regiões remotas como a Ilha Heard e McDonald e as Ilhas Cocos (Keeling), com populações minúsculas, a Rússia permaneceu imune às medidas econômicas. Em entrevista à Fox News, Scott Bessent explicou que essa decisão foi tomada porque o comércio bilateral está praticamente paralisado devido às duradouras sanções relacionadas à crise ucraniana. Embora o comércio ainda exista, ele é insignificante comparado ao passado, concentrando-se principalmente em produtos como fertilizantes nitrogenados e substâncias radioativas.

Curiosamente, outros países sob severas sanções americanas, como Belarus, Cuba e Coreia do Norte, também ficaram de fora da lista de tarifas. Essa exclusão pode refletir estratégias diplomáticas mais amplas. Trump mencionou recentemente que, se fracassarem as negociações para cessar o conflito na Ucrânia, ele considerará impor tarifas secundárias sobre todas as exportações de petróleo russo. Durante uma entrevista à NBC, Trump afirmou que essas tarifas poderiam alcançar até 50% sobre qualquer compra de petróleo russo, afetando diretamente aqueles que continuarem a negociar com Moscou.

Por outro lado, Canadá e México, parceiros comerciais principais dos EUA, também não estão sujeitos às tarifas recentes, embora tenham enfrentado outras medidas relacionadas ao tráfico de fentanilo.

Apoiadores dessas políticas sugerem que tais movimentos visam pressionar a Rússia a participar de negociações de boa fé, enquanto legisladores bipartidários propuseram projetos de lei que aumentariam significativamente as tarifas sobre países que compram petróleo ou gás russo.

Do ponto de vista de um jornalista, a decisão de excluir a Rússia das tarifas globais reflete uma complexidade política única. Ela demonstra que as relações internacionais não podem ser vistas apenas através de números e estatísticas comerciais, mas devem levar em conta contextos históricos e estratégicos. A habilidade de usar tanto sanções quanto incentivos revela uma diplomacia sofisticada, embora controversa, onde interesses econômicos e geopolíticos frequentemente convergem. Para os observadores, talvez a maior lição seja que, mesmo em tempos de tensão global, há espaço para manobras sutis que podem alterar o curso de conflitos prolongados.

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