Quatro senadores republicanos votaram contra o presidente Donald Trump, unindo-se aos democratas para tentar bloquear as tarifas impostas ao Canadá. Em um movimento incomum de oposição, Lisa Murkowski, Mitch McConnell, Rand Paul e Susan Collins apoiaram uma resolução que foi aprovada por 51 a 48 votos, visando revogar a declaração de emergência de Trump sobre o tráfico de fentanil, justificativa usada para as tarifas sobre importações canadenses. Apesar disso, a votação foi simbólica, já que a resolução enfrenta dificuldades no controle republicano da Câmara dos Representantes e na aprovação presidencial.
O líder da resolução, Tim Kaine, enfatizou que as tarifas ao Canadá não estão relacionadas ao fentanil, mas sim à economia. Ele descreveu essas medidas como "um imposto nacional sobre as famílias americanas". A oposição incluiu críticas notáveis, como a de Mitch McConnell, que advertiu sobre os impactos negativos das tarifas sobre os trabalhadores. Regiões próximas ao Canadá, representadas por senadores como Lisa Murkowski e Susan Collins, também expressaram preocupações econômicas.
Outro ponto importante foi a postura de Rand Paul, que argumentou que as tarifas elevam preços e prejudicam a economia. Ele destacou que o comércio com o Canadá beneficia ambas as nações. Enquanto isso, Trump criticou os senadores rebeldes em sua plataforma Truth Social, acusando-os de "extremamente difíceis de lidar" e "incrivelmente desleais". O presidente reiterou suas objeções às práticas comerciais do Canadá, embora novas tarifas anunciadas recentemente tenham evitado diretamente o país.
Os democratas afirmaram que as tarifas são utilizadas por Trump para financiar cortes de impostos que favorecem os ricos, resultando em aumento nos custos para os americanos. No entanto, ainda há incerteza quanto ao impacto de uma nova taxa de 25% sobre carros importados, que pode afetar significativamente o Canadá.
A aliança entre republicanos e democratas demonstra tensões crescentes dentro do Partido Republicano e destaca o desafio de equilibrar interesses econômicos nacionais e internacionais. Embora a votação tenha sido simbólica, ela reflete uma divisão profunda sobre as políticas comerciais de Trump, com implicações potenciais para futuras decisões econômicas e relações diplomáticas.