A líder do partido de extrema direita francês, Marine Le Pen, foi declarada culpada pelo desvio de fundos da União Europeia. Junto com outros oito ex-parlamentares europeus e 12 assistentes parlamentares, ela foi acusada de usar recursos destinados à União Europeia para financiar o partido Nacional Rally (RN) francês. A decisão judicial destaca que esses indivíduos estavam, na verdade, trabalhando para a organização política em vez de cumprir suas obrigações oficiais como funcionários da UE.

O tribunal concluiu que as pessoas envolvidas não realizaram atividades relacionadas ao Parlamento Europeu. Em seu pronunciamento, a juíza Benedicte de Perthuis afirmou que ficou evidente que esses colaboradores estavam exclusivamente vinculados ao partido político, sem receber qualquer tarefa específica de seus empregadores oficiais no Parlamento Europeu. Além disso, as investigações revelaram que os desvios não eram meros erros administrativos, mas sim parte de um esquema estruturado para reduzir os custos financeiros do partido.

Marine Le Pen, acompanhada de perto durante todo o julgamento, mostrou sinais de descontentamento enquanto ouvia a sentença proferida pela magistrada. Sua reação foi capturada por agências de notícias internacionais, incluindo a Reuters, que destacaram sua negativa corporal durante o anúncio da decisão judicial.

Com esse veredicto, o caso marca um capítulo significativo na trajetória política de Marine Le Pen, especialmente considerando suas aspirações presidenciais futuras. A condenação levanta questões sobre a transparência e responsabilidade fiscal dos políticos europeus, além de amplificar debates sobre ética pública em contextos políticos nacionais e supranacionais.