Um extenso apagão na Península Ibérica deixou dezenas de milhões de pessoas sem energia elétrica por várias horas, causando um caos generalizado. Em países como Espanha e Portugal, serviços essenciais ficaram comprometidos, com hospitais recorrendo a geradores, trens paralisados e supermercados fechados. Ao final da noite, parte do fornecimento foi restabelecida em algumas regiões espanholas, mas muitos cidadãos continuavam aguardando o retorno da luz. As autoridades trabalharam contra o relógio para identificar e corrigir as falhas enquanto havia claridade suficiente.

No coração da Andaluzia, em Córdoba, passageiros foram obrigados a evacuar trens de alta velocidade que pararam abruptamente. Enquanto isso, na capital espanhola, Madri, filas se formaram em pontos de ônibus, já que metrôs e trens ficaram inoperantes. Imagens mostram viajantes esperando pacientemente em calçadas próximas à estação ferroviária de Atocha, carregando malas e incertos sobre os horários de partida. O impacto também atingiu eventos esportivos importantes, como o Madrid Open, onde partidas tiveram que ser suspensas no sétimo dia de competição.

Em Burgos, funcionários de supermercados se reuniram internamente, tentando proteger mercadorias enquanto aguardavam a volta da eletricidade. Já em Portugal, Lisboa enfrentou cenários similares, com restaurantes improvisando refeições à luz de velas e estações de trem permanecendo vazias e fechadas. No Rossio Square, moradores e turistas se amontoavam em pontos de ônibus, enquanto outros usavam seus celulares como fonte de iluminação para comprar itens básicos em lojas.

Os sinais de trânsito apagados em Madri resultaram em congestionamentos massivos, forçando trabalhadores públicos a assumirem o controle nos cruzamentos mais movimentados. Lojas escuras esvaziaram rapidamente, e operários da construção civil pausaram suas atividades até que a situação fosse resolvida.

O apagão expôs a vulnerabilidade dos sistemas energéticos modernos e desafiou tanto governos quanto empresas a garantir soluções mais rápidas e eficientes em crises futuras. Embora alguns aspectos tenham sido mitigados pelo uso de tecnologias alternativas, a experiência servirá como um lembrete duradouro da importância de infraestruturas resilientes na península ibérica.