Uma nova investigação revela que a piloto do helicóptero Blackhawk envolvido no trágico acidente em Washington, DC, não seguiu as instruções de seu instrutor apenas 15 segundos antes da colisão. O incidente resultou na morte de 67 pessoas perto do Aeroporto Internacional Reagan. Além disso, foi identificado que os pilotos falharam ao bloquear comunicações cruciais com o controle de tráfego aéreo.
Entre os fatores contribuintes para o desastre estavam a falta de uso de tecnologias de rastreamento ativadas no Blackhawk, descoordenação sobre a altitude correta e uma prática permitida de navegação visual independente, aumentando o risco de erros humanos.
A Capitã Rebecca Lobach esteve envolvida em um grave descuido durante sua missão de treinamento, ignorando ordens cruciais emitidas pelo co-piloto Andrew Eaves. A decisão de usar visuais próprios ao invés de seguir diretamente as orientações do controle de tráfego aéreo complicou ainda mais a situação. Esse método, apesar de comum para agilizar processos, ampliou significativamente o risco de erro humano.
No momento crítico, Lobach perdeu informações importantes porque ela ou outro membro da tripulação estava pressionando o botão do rádio, interrompendo inadvertidamente as mensagens do controle de tráfego aéreo. Isso impediu que eles percebessem a aproximação do avião comercial American Airlines Flt. 5342, cujo trajeto cruzava com o do helicóptero. Investigadores concluíram que esse lapso específico teve papel decisivo no desfecho fatal.
Vários elementos técnicos e operacionais foram identificados como responsáveis pela tragédia. Entre eles está o desligamento intencional da tecnologia de rastreamento do Black Hawk, procedimento padrão em missões de treinamento realistas. No entanto, essa prática comprometeu a capacidade do controle de tráfego aéreo de monitorar adequadamente a posição exata do helicóptero.
Adicionalmente, houve uma discrepância significativa entre os membros da equipe quanto à altitude exata do voo. Registros indicam que enquanto um piloto anunciava estar a 300 pés, outro mencionou 400 pés. Essa confusão culminou com o helicóptero voando acima do limite permitido de 200 pés para aquela área. Autoridades enfatizaram que qualquer alteração nos diversos fatores identificados poderia ter mudado drasticamente o resultado daquela noite fatídica.