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Decisão Judicial Determina Recontagem de Votos no Disputado Caso do Tribunal Supremo da Carolina do Norte
2025-04-04

Um painel de três juízes da Corte de Apelações da Carolina do Norte decidiu na última sexta-feira que mais de 65.000 votos no acirrado pleito para o Tribunal Supremo estadual em 2024 devem ser recontados e verificados. Essa decisão representa uma vitória para o candidato republicano Jefferson Griffin, cuja disputa contra a democrata Allison Riggs ainda está envolta em batalhas legais cinco meses após o dia das eleições. O caso agora pode seguir para o Tribunal Supremo estadual, onde o resultado determinará quem ocupará um assento crucial.

A decisão ordena que os eleitores questionados tenham até 15 dias úteis para fornecer documentos de identificação necessários à validação de seus votos. Aqueles que não atenderem ao prazo terão seus votos excluídos do processo final. Este desafio foi apresentado pelo próprio Griffin, que alegou irregularidades nos registros de votantes, incluindo ausência de números de habilitação ou de seguro social, além de questões relacionadas a eleitores militares e no exterior.

O tribunal também declarou que votos de pessoas que nunca residiram na Carolina do Norte não podem ser contabilizados. Esse movimento gerou críticas por parte do único juiz democrata no painel, que argumentou que a decisão equivale a mudar as regras eleitorais retroativamente, ameaçando desqualificar votos legalmente válidos.

Apesar da complexidade administrativa imposta pela tarefa de verificar esses votos, coube à Comissão Estadual de Eleições conduzir o processo. Tal procedimento aumenta a tensão política no estado, especialmente considerando que o Tribunal Supremo atual tem maioria republicana.

Enquanto isso, Riggs afirmou que recorrerá da decisão, destacando preocupações sobre precedentes perigosos e o risco de desenfranchisamento de milhares de eleitores. Griffin, por outro lado, saudou a decisão como um avanço positivo para os cidadãos da Carolina do Norte.

Este capítulo mais recente reflete a contínua disputa jurídica desde a eleição de novembro, com ambos os lados explorando diferentes vias legais para consolidar suas posições. Ainda que a contagem inicial mostrasse Riggs com vantagem mínima, qualquer alteração significativa no total de votos poderia reverter o resultado final.

Agora, enquanto as partes se preparam para possíveis etapas seguintes no Tribunal Supremo estadual, a questão central permanece: até que ponto as regras pós-eleitorais podem influenciar o desfecho de uma eleição tão apertada? Independentemente do resultado final, a decisão já marca um momento significativo nas dinâmicas políticas e judiciais da Carolina do Norte.

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