Um novo debate surgiu nas redes sociais após o ex-presidente Donald Trump compartilhar uma imagem que supostamente mostra um tatuagem no punho de Kilmar Abrego Garcia, um pai deportado acidentalmente para El Salvador. A tatuagem seria relacionada à gangue MS-13, conforme afirmou Trump em sua postagem. No entanto, usuários online apontaram que a imagem foi manipulada digitalmente para incluir informações específicas sobre os símbolos da tatuagem. Essa controvérsia levantou questões sobre a autenticidade das evidências apresentadas pelo ex-presidente e gerou críticas por parte de seus oponentes.
O caso remonta a um episódio em que Trump desafiou ordens judiciais federais e do Supremo Tribunal para trazer Garcia de volta aos Estados Unidos após sua deportação sem devido processo legal. O ex-presidente sustenta que Garcia é membro da MS-13, uma afirmação não comprovada. Na imagem divulgada, quatro símbolos aparecem acompanhados de pequenas etiquetas: uma folha de maconha, um rosto sorridente, uma cruz e um crânio. Cada um desses elementos foi associado às letras "M", "S", "1" e "3". Especialistas e investigadores digitais argumentam que essas anotações foram adicionadas posteriormente ao foto original.
Alguns internautas destacaram que Trump omitiu a informação sobre a edição digital da imagem, sugerindo intenção de enganar o público. Em resposta, outros defensores do ex-presidente afirmam que as letras foram inseridas apenas para ilustrar a interpretação de Trump sobre o significado da tatuagem. Segundo eles, seria óbvio que os caracteres foram adicionados propositalmente. Contudo, essa explicação não convenceu todos os observadores, especialmente aqueles que questionam se a tatuagem realmente representa a gangue MS-13.
A hipótese defendida por Trump sugere que a sigla "MS" deriva das iniciais de "maconha" e "sorriso", enquanto a cruz simbolizaria o número "1" e o crânio, com três orifícios (dois olhos e uma boca), representaria o "3". Tal interpretação tem sido alvo de críticas e análises detalhadas na mídia e nas redes sociais.
Embora Trump não tenha comentado diretamente sobre a manipulação da imagem, a controvérsia ressalta o impacto crescente da tecnologia digital na disseminação de informações políticas. Além disso, destaca-se a importância da verificação de fontes e a necessidade de transparência em comunicações públicas. Este incidente também reflete tensões mais amplas sobre imigração e segurança nacional nos Estados Unidos, temas frequentemente abordados durante o mandato de Trump.
A discussão continua entre aqueles que veem a edição como uma tentativa deliberada de influenciar opiniões e aqueles que consideram ser apenas uma forma de esclarecimento visual. Independentemente da perspectiva, o episódio reforça a relevância de debates éticos sobre o uso de imagens modificadas em contextos políticos.