Um caso envolvendo o uso do aplicativo Signal no escritório do Secretário de Defesa Pete Hegseth no Pentágono trouxe à tona questões sobre segurança e comunicação. O sistema foi instalado para facilitar a troca de mensagens em um ambiente onde os celulares pessoais são proibidos e o sinal de celular é fraco. Embora tenha simplificado as comunicações, levantou preocupações após relatos de compartilhamento de informações sensíveis.

No início de março, cabos foram conectados para permitir que um computador privado fosse vinculado ao Signal, possibilitando mensagens instantâneas em áreas restritivas. Além do secretário, seu assistente confidencial e o coronel Ricky Buria, seu auxiliar militar júnior, também possuíam acesso ao mesmo recurso. A instalação ocorreu em meio às limitações tecnológicas existentes no prédio.

O Pentágono possui regulamentações rigorosas quanto ao uso de dispositivos eletrônicos, incluindo áreas onde celulares pessoais não são permitidos. Para contornar isso, o Secretário de Defesa utilizava dois computadores em seu escritório: um para fins pessoais e outro fornecido pelo governo. Essa configuração era necessária devido às restrições impostas pelas políticas internas da organização.

A situação ganhou maior repercussão após um incidente em 15 de março, quando supostamente planos detalhados de ataques contra alvos Houthis no Iêmen foram compartilhados em um grupo do Signal. Esse grupo incluía familiares próximos e seu advogado particular, ampliando ainda mais as discussões sobre vulnerabilidades relacionadas à segurança nacional.

A implementação dessa solução tecnológica destaca tanto a necessidade de melhorias nas infraestruturas de comunicação quanto a importância de garantir que informações delicadas sejam tratadas com utmost cautela. O episódio evidencia desafios persistentes na harmonização entre conveniência tecnológica e proteção de dados sensíveis dentro de uma instituição tão crítica quanto o Pentágono.