O clima de pânico tomou conta do campus da Universidade Estadual da Flórida (FSU) após um atentado armado que ocorreu na quinta-feira, deixando duas vítimas fatais e vários feridos. A violência inesperada gerou reações intensas entre os estudantes presentes no momento. Madison Askins, uma aluna de pós-graduação em planejamento urbano e regional, estava a caminho do centro estudantil com um amigo para almoçar quando ouviu disparos. No interior do edifício, que abriga um espaço semelhante a um shopping center com diversas opções de alimentação, salas de reunião e escritórios de grupos estudantis, o caos se instalou rapidamente. Askins relatou ter tropeçado enquanto fugia, sendo atingida por um projétil na região glútea. Ela decidiu permanecer imóvel, simulando estar morta, enquanto presenciava o desenrolar dos eventos ao seu redor.
A investigação aponta que Phoenix Ikner, de 20 anos, suspeito do tiroteio, utilizou uma arma de sua madrasta, ex-funcionária da área de aplicação da lei. A arma foi adquirida para uso pessoal e a madrasta é atualmente uma oficial do Departamento do Xerife do Condado de Leon. Durante o incidente, outro estudante, Sage Toussaint, encontrava-se dentro do centro estudantil com uma amiga, rumo ao balcão de um Starbucks. Inicialmente confusa sobre a origem dos sons, ela acabou correndo para fora do prédio, enquanto sua amiga ficou paralisada pelo choque. Mais tarde, Toussaint soube que sua amiga havia sido baleada. Após o ocorrido, ela buscou refúgio no Centro Leach, onde permaneceu sob bloqueio junto a outras pessoas por cerca de duas horas.
O impacto emocional causado pelo episódio ressoa profundamente entre as testemunhas. Em meio à dor pela perda de Robert Morales e Tiru Chabba, figuras reconhecidas na comunidade acadêmica, surge a necessidade de fortalecer vínculos e promover iniciativas de paz. O presidente da FSU, Richard McCullough, afirmou que tragédias como essa não devem ocorrer, reforçando a importância de construir ambientes seguros em todos os espaços educacionais. Apesar das dificuldades enfrentadas, histórias como as de Askins e Toussaint demonstram a força da juventude em superar adversidades e buscar continuidade nos estudos, mesmo diante de momentos tão traumáticos.