A administração do Manchester United tomou a decisão de não realizar o tradicional jantar de fim de temporada, evento que costumava premiar os destaques individuais da equipe principal e das categorias de base. Este ano, a cerimônia de entrega dos prêmios ocorrerá no gramado de Old Trafford antes do último jogo em casa contra o Aston Villa, marcado para 25 de maio. A escolha por cancelar uma celebração histórica reflete tanto o desempenho decepcionante do clube na Premier League quanto medidas de corte de custos implementadas recentemente.
O Manchester United atravessa um período complicado, ocupando a 16ª posição no campeonato após acumular 17 derrotas. Apesar disso, a redução de gastos parece ser a principal razão para o cancelamento do jantar. Nos últimos meses, o clube demitiu entre 250 e 300 funcionários como parte de uma reestruturação financeira. Além disso, caso conquistem a UEFA Europa League, não haverá um desfile pela cidade para celebrar. Em vez disso, planeja-se organizar um churrasco no centro de treinamentos em Carrington. O clube também limitará os benefícios relacionados à final da competição, fornecendo apenas dois ingressos por jogador e nenhum adicional para a comissão técnica.
Nesse contexto difícil, surge um gesto notável vindo do técnico português Rúben Amorim. Ele decidiu arcar pessoalmente com as despesas de viagem e ingressos para 30 membros de sua equipe técnica e suas famílias para a final em Bilbau, marcada para 21 de maio. Esse ato demonstra solidariedade e reconhecimento pelo trabalho desenvolvido ao longo da temporada.
Com essas decisões, o Manchester United sinaliza um momento de transformação interna, equilibrando necessidades financeiras com o desejo de manter a moral elevada dentro do elenco. Enquanto cortes são feitos em áreas tradicionais de celebração, gestos individuais como o de Rúben Amorim podem ajudar a fortalecer os laços dentro do grupo, mesmo em tempos de incerteza.