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Críticas ao Paquistão e Demandas Internacionais
2025-04-24

O ex-funcionário do Pentágono, Michael Rubin, comparou recentemente o chefe do Exército paquistanês, Asim Munir, ao falecido líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden. Esta comparação ocorreu em meio às acusações contra o Paquistão pelo envolvimento no ataque terrorista em Pahalgam, que resultou na morte de 26 pessoas. Rubin enfatizou que a única diferença entre os dois é o local onde residem, mas ambos compartilham semelhanças significativas. Ele defendeu que os Estados Unidos devem formalmente designar o Paquistão como um estado patrocinador do terrorismo e rotular Asim Munir como um terrorista.

Em resposta ao atentado, a Índia anunciou várias medidas diplomáticas contra o Paquistão, incluindo a expulsão de adidos militares paquistaneses, a suspensão do Tratado de Águas do Indo de 1960 e o fechamento imediato do posto de trânsito terrestre de Attari. Além disso, foram impostas restrições à viagem de cidadãos paquistaneses à Índia por meio do esquema de isenção de visto da SAARC.

Condenações Internacionais ao Paquistão

Ao criticar publicamente o papel do Paquistão no ataque de Pahalgam, Michael Rubin destacou a necessidade de uma postura mais firme da comunidade internacional. Ele sugeriu que o comportamento do país não pode ser desculpado ou justificado com explicações superficiais, reforçando a ideia de que ações terroristas são meticulosamente planejadas. Segundo Rubin, a designação oficial do Paquistão como um estado patrocinador do terrorismo seria essencial para combater a impunidade.

Rubin argumentou que a distinção entre Osama Bin Laden e Asim Munir é apenas superficial, baseada nas condições materiais de cada um. Enquanto Bin Laden vivia em circunstâncias precárias, Munir ocupa uma posição privilegiada dentro do estabelecimento militar paquistanês. No entanto, ambos promovem ideologias que alimentam o extremismo global. A declaração de Rubin também aludiu ao momento estratégico do ataque, sugerindo que foi realizado para desviar a atenção da visita do Vice-Presidente JD Vance à Índia. Este paralelo histórico remete ao episódio em que Bill Clinton visitou a região, coincidindo com outro atentado terrorista.

Respostas Diplomáticas da Índia

A Índia respondeu ao ataque em Pahalgam com uma série de medidas drásticas destinadas a pressionar o Paquistão diplomaticamente. Entre elas, destaca-se a redução das equipes diplomáticas de ambas as nações para apenas 30 membros até maio de 2024. Além disso, os conselheiros militares, navais e aéreos da Embaixada do Paquistão em Nova Deli foram declarados "persona non grata", com prazo de uma semana para deixar o país. Essas decisões refletem a determinação indiana de cortar laços com o Paquistão enquanto se busca maior segurança regional.

O Secretário de Relações Exteriores da Índia, Vikram Misri, detalhou outras ações, como a proibição de viagens de cidadãos paquistaneses ao território indiano sob o esquema de isenção de visto da SAARC. Quem já está na Índia tem 48 horas para sair do país. O governo indiano também suspendeu o Tratado de Águas do Indo de 1960, um dos pilares históricos da cooperação bilateral. O fechamento do posto de trânsito terrestre de Attari simboliza ainda mais a ruptura das relações comerciais e diplomáticas. Essas medidas demonstram que a Índia está preparada para enfrentar as consequências de sua posição intransigente frente ao Paquistão.

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