O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul decidiu anular a destituição de Han Duck-soo, permitindo sua volta imediata ao cargo de presidente interino. A decisão ocorreu após meses de tensão política no país, iniciada com o impeachment do ex-presidente Yoon Suk Yeol, que resultou na nomeação temporária de Han e subsequente destituição dele próprio. O veredicto busca reestabelecer a estabilidade política enquanto aguarda-se a decisão final sobre o caso de Yoon.
No coração da capital sul-coreana, Seul, onde manifestações marcaram as últimas semanas em antecipação à decisão judicial, o Tribunal Constitucional tomou uma medida histórica. Sete dos oito juízes decidiram que as acusações contra Han Duck-soo não eram suficientemente graves para justificar sua remoção do cargo. Entre as principais acusações estavam alegações de que ele teria apoiado a declaração de lei marcial por parte de Yoon e interferido na reinstalação do tribunal constitucional. Após a decisão, Han visitou áreas afetadas por um incêndio florestal na província de Gyeongbuk, demonstrando seu compromisso com questões urgentes do país.
Han assumiu o papel de presidente interino em dezembro, após o impeachment de Yoon, mas permaneceu pouco tempo no cargo devido a disputas com o parlamento liderado pela oposição. Durante sua breve gestão, enfrentou críticas por supostamente bloquear investigações sobre a possível rebelião de Yoon. Em seguida, o ministro das Finanças Choi Sang-mok foi designado para liderar o país até esta recente decisão judicial.
A partir desta decisão, resta saber como os próximos dias desenrolarão com relação ao julgamento de Yoon Suk Yeol. Caso seu impeachment seja confirmado, novas eleições presidenciais serão convocadas dentro de 60 dias. Contudo, se for absolvido, ele reassumirá o cargo imediatamente. Essa situação reflete a complexidade do sistema político sul-coreano e a importância de decisões equilibradas para evitar crises prolongadas.
Do ponto de vista de um jornalista ou observador externo, este episódio destaca a necessidade de maior transparência e diálogo entre os poderes executivo e legislativo. A instabilidade política pode prejudicar não apenas a governança interna, mas também a imagem internacional da Coreia do Sul. Este momento é uma oportunidade para todos os envolvidos repensarem suas estratégias e buscar soluções mais colaborativas para benefício coletivo.