No dia 21 de abril, a situação no conflito entre Rússia e Ucrânia apresentou avanços significativos em meio a um cessar-fogo declarado pela Páscoa. Explosões foram ouvidas na região de Donetsk sob controle russo, enquanto o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, denunciou milhares de violações do acordo pelo lado russo. Por outro lado, o Ministério da Defesa da Rússia acusou as forças ucranianas de quebrar o cessar-fogo centenas de vezes. Além disso, preocupações cresceram sobre os danos causados às instalações de gás ucranianas, levando à possibilidade de importação massiva para enfrentar o próximo inverno.
O combate continuou intensamente apesar das declarações de cessar-fogo. A região de Donetsk foi palco de pelo menos três explosões reportadas por agências de notícias russas. Zelenskyy afirmou que suas forças receberam instruções para responder de maneira simétrica às ações do exército russo. Em contrapartida, Moscou reivindicou o controle de Novomykhailivka, uma vila no leste da Ucrânia, antes do início oficial do cessar-fogo, embora Kiev ainda não tenha confirmado essa afirmação.
Relatórios indicam que a infraestrutura energética ucraniana sofreu danos substanciais devido ao conflito, com estimativas sugerindo que o país precisará importar até 6,3 bilhões de metros cúbicos de gás natural para enfrentar o inverno de 2025-26. O ex-diretor da operadora de trânsito de gás de Kiev alertou sobre os níveis alarmantes de reservas, atribuídos diretamente ao impacto devastador da guerra.
Em relação ao cessar-fogo, Zelenskyy criticou a falta de compromisso genuíno por parte da liderança russa, questionando se o presidente Vladimir Putin tem controle total sobre seu próprio exército. O Departamento de Estado dos Estados Unidos expressou apoio à extensão do cessar-fogo da Páscoa, mas o Kremlin negou qualquer ordem para prolongá-lo. Como alternativa, Zelenskyy propôs uma suspensão temporária de ataques aéreos contra alvos civis por um período mínimo de 30 dias.
Embora o cessar-fogo tenha sido declarado oficialmente, as tensões permanecem elevadas nas regiões fronteiriças. Enquanto isso, o impacto econômico e humanitário da guerra continua sendo sentido profundamente em ambos os lados, com a necessidade urgente de soluções diplomáticas para mitigar o sofrimento em larga escala.