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Embaixador Informal: A Ascensão de Steve Witkoff no Mundo da Diplomacia
2025-04-18

No mês passado, um jato particular transportou o enviado do Oriente Médio, Steve Witkoff, em uma jornada que o levou de Abu Dhabi a Doha, Moscou e Bakú, antes de finalmente pousar na Flórida. Lá, ele relatou ao presidente Donald Trump sobre seu encontro com o presidente russo Vladimir Putin, tudo isso em poucos dias. Essa rotina tem se tornado cada vez mais comum para Witkoff, cujas viagens internacionais agora vão além de sua função original, revelando uma confiança absoluta por parte de Trump. Apesar de sua inexperiência governamental, Witkoff tornou-se peça central em questões urgentes de política externa dos Estados Unidos.

Ao longo dos últimos meses, Witkoff assumiu posições que geralmente seriam atribuídas a secretários de Estado ou diretores da CIA. Ele conduziu discussões sobre a guerra na Ucrânia em Paris e participou de conversações em Roma visando um possível acordo nuclear com o Irã. Contudo, as avaliações de seus esforços são mistas. Enquanto alguns aplaudem sua abordagem inovadora, outros questionam sua capacidade de lidar com negociações complexas sem experiência diplomática tradicional.

Witkoff, um desenvolvedor imobiliário de Nova York com laços de décadas com Trump, ganhou prestígio entre líderes estrangeiros por suas conexões diretas com o presidente. Embora seja elogiado como negociador astuto, críticos expressam preocupação com sua predisposição a adotar narrativas russas e sua falta de familiaridade com detalhes técnicos necessários para acordos definitivos. Suas interações frequentes com Trump lhe dão liberdade operacional incomum, mas também geram caos interno em algumas ocasiões.

O estilo único de Witkoff contrasta com métodos diplomáticos convencionais. Ele prefere anotações pessoais a extensos livros de briefing e mantém proximidade física ao presidente, ocupando um escritório no Ala Oeste da Casa Branca anteriormente utilizado por Ivanka Trump. Apesar das críticas, aliados de Trump argumentam que sua postura de "forasteiro" pode trazer vantagens significativas às negociações internacionais.

Embora Witkoff tenha enfrentado desafios em várias frentes — incluindo frustrações com a ausência de progresso no conflito ucraniano e divergências com o Irã sobre o programa nuclear — sua posição como figura central na administração Trump parece sólida. Alguns especulam que seu papel poderia expandir ainda mais, possivelmente incluindo discussões com a China.

Enquanto Witkoff continua a moldar sua trajetória no cenário internacional, sua influência crescente reflete não apenas a confiança do presidente, mas também a transformação contínua das práticas diplomáticas americanas sob sua liderança. Seja louvado ou criticado, Witkoff representa uma nova abordagem na arte da negociação global.

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