O senador democrata Van Hollen realizou um encontro com Kilmar Abrego Garcia, um homem de Maryland que foi deportado erroneamente para El Salvador. Este caso tornou-se uma questão sensível entre o governo Trump, os tribunais e o Congresso, principalmente após acusações de tráfico humano e associação ao grupo MS-13, recentemente classificado como organização terrorista. Durante uma parada de trânsito na Tennessee em dezembro de 2022, Garcia foi abordado por transportar oito pessoas sem bagagem a bordo. Apesar das alegações do Departamento de Segurança Interna (DHS), Garcia nega qualquer envolvimento criminoso e não possui antecedentes penais. A situação levanta questões sobre as evidências apresentadas pelo governo.
A deportação de Kilmar Abrego Garcia gerou grande repercussão, especialmente depois que autoridades americanas o acusaram de ser membro da gangue MS-13 e suposto traficante de pessoas. Em dezembro de 2022, durante uma viagem de Houston até Temple Hills, Maryland, ele foi parado por excesso de velocidade na Interestadual 40. Os agentes da patrulha rodoviária notaram a presença de oito indivíduos no veículo, todos indicando o mesmo endereço residencial. As autoridades federais afirmam que desconfiavam de atividades ilícitas relacionadas ao transporte humano, mas decidiram não detê-lo imediatamente.
No entanto, após sua deportação e subsequente encarceramento na prisão CECOT em El Salvador, o governo Trump intensificou as acusações contra Garcia. O DHS sustenta que ele está envolvido em tráfico humano e é ligado à MS-13. Essas afirmações foram baseadas em informações fornecidas por um informante confidencial e nas roupas usadas por Garcia em um incidente policial anterior de 2019. Apesar dessas declarações oficiais, Garcia nega todas as acusações e argumenta que estava simplesmente conduzindo trabalhadores para locais de construção.
Sua esposa, Jennifer Vasquez Sura, corroborou essa versão dos fatos, explicando que seu marido frequentemente transportava grupos de trabalhadores da construção civil entre diferentes canteiros de obras. Ela enfatizou que ele nunca foi acusado formalmente de nenhum crime durante a parada de trânsito ou qualquer outro episódio. Enquanto isso, o juiz federal Paula Xinis expressou dúvidas sobre a força das provas apresentadas pelo governo, questionando a validade das informações derivadas de fontes anônimas e vestimentas anteriores.
Este caso continua sendo amplamente debatido nos meios políticos e judiciários, destacando as complexidades envolvendo a aplicação das leis de imigração e as acusações feitas contra indivíduos como Garcia. Embora o governo insista em suas alegações, a falta de registros criminais e a defesa consistente de Garcia levantam sérias questões sobre a precisão das informações divulgadas pelas autoridades.