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Juíza Federal Suspende Demissões em Massa na CFPB, Agência de Proteção Financeira
2025-04-18

Uma decisão judicial impediu temporariamente a intenção do governo Trump de realizar uma série de demissões dentro da Consumer Financial Protection Bureau (CFPB), agência criada após a Grande Recessão para proteger consumidores contra fraudes financeiras. A juíza federal Amy Berman Jackson expressou preocupação sobre o plano de reduzir drasticamente o quadro de funcionários, que poderia violar ordens anteriores que mantêm a agência operacional. Com aproximadamente 1.500 dispensas previstas, a administração Trump argumenta que a CFPB extrapolou suas funções e precisa ser restrita.

A controvérsia jurídica reflete tensões entre as autoridades governamentais e grupos defensores dos direitos dos trabalhadores, como o National Treasury Employees Union, que buscam manter a integridade da agência. A audiência marcada para o dia 28 de abril visa esclarecer detalhes das decisões tomadas pelo time responsável pelas demissões.

O movimento do governo para redimensionar a CFPB levantou questões sobre sua eficácia regulatória e os limites legais de suas atividades. De acordo com Mark Paoletta, oficial-chefe legal da agência, as práticas atuais são vistas como invasivas e dispendiosas. Ele sugeriu uma reestruturação para criar uma operação mais enxuta e focada.

Os planos incluem cortes significativos nas divisões de fiscalização e aplicação da lei, reduzindo respectivamente de 487 para 50 e de 248 para 50 empregados. Além disso, algumas responsabilidades obrigatórias por lei teriam apenas um funcionário designado sob o novo modelo proposto.

O caso envolve acusações graves de pressão sobre membros da equipe encarregada das demissões. Um funcionário relatou comportamento inadequado por parte de Gavin Kliger, membro do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), que exigiu que notificações fossem enviadas dentro de um cronograma apertado. A juíza ordenou que Kliger compareça à audiência para fornecer explicações.

Essa disputa representa mais um obstáculo legal enfrentado pelas iniciativas do governo Trump para reformar instituições federais, destacando a complexidade dessas mudanças no contexto político atual.

A decisão da juíza Amy Berman Jackson sublinha a importância de garantir que qualquer alteração estrutural respeite tanto as leis vigentes quanto os direitos dos trabalhadores afetados. Enquanto isso, permanece incerto o futuro da CFPB e seu papel crucial na regulação do setor financeiro. A audiência programada promete esclarecer não apenas as razões por trás das demissões, mas também a validade jurídica das ações tomadas até agora.

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