Um incidente envolvendo um grupo de mensagens privadas com detalhes operacionais confidenciais gerou uma situação delicada na administração Trump. O conselheiro de segurança nacional, Michael Waltz, assumiu a responsabilidade por incluir involuntariamente um jornalista no grupo, levando à divulgação de informações sensíveis sobre ataques planejados no Iêmen. A revelação causou reações negativas entre líderes políticos e levantou questões sobre a segurança das comunicações governamentais.
O caso trouxe à tona preocupações sobre a gestão adequada de informações classificadas e o uso de aplicativos não autorizados para compartilhar dados críticos. Além disso, surgiram contradições nas explicações oficiais sobre como o jornalista foi adicionado ao grupo, aumentando as críticas à conduta dos envolvidos.
O conselheiro de segurança nacional enfrentou questionamentos após a inclusão acidental de um jornalista em um grupo de discussão estratégica. Waltz admitiu publicamente que errou ao criar o grupo, embora tenha tentado minimizar sua culpa durante entrevistas. Ele afirmou estar investigando a causa do erro com especialistas técnicos, mas suas justificativas foram vistas como insuficientes.
A situação tornou-se ainda mais complexa quando Waltz desafiou a credibilidade do jornalista Jeffrey Goldberg, sugerindo que este poderia ter se infiltrado intencionalmente no grupo. No entanto, ele não apresentou provas concretas para sustentar tal hipótese. Durante uma entrevista com Laura Ingraham, Waltz mencionou estar trabalhando com Elon Musk para entender melhor o ocorrido. Sua defesa enfatizava que nenhum funcionário subordinado havia cometido o erro, atribuindo-o exclusivamente à sua própria supervisão.
As repercussões do incidente foram amplamente sentidas no cenário político. Líderes congressuais criticaram fortemente a falta de cuidado na manipulação de informações classificadas, destacando o risco que isso representou para a segurança nacional. Mark Warner, vice-presidente do Comitê de Inteligência do Senado, qualificou o episódio como um exemplo flagrante de comportamento descuidado e incompetente.
O presidente Trump também abordou o tema, oferecendo versões conflitantes sobre a origem do erro. Em uma entrevista, ele sugeriu que um funcionário de nível inferior poderia ter sido responsável pela adição do jornalista ao grupo, contradizendo declarações anteriores de Waltz. Apesar das tentativas de minimizar o impacto do vazamento, muitos observadores consideram o incidente como um grave lapso na proteção de segredos militares. Além disso, especialistas indicaram que o uso do aplicativo Signal para discutir questões de segurança nacional pode ter violado disposições da Lei de Espionagem.