Um novo escândalo envolvendo o aplicativo de mensagens criptografadas Signal veio à tona após relatos de que o Secretário de Defesa Pete Hegseth compartilhou informações sensíveis sobre operações militares no Iêmen em um grupo particular. Esse caso ocorre semanas depois de outro incidente relacionado ao Signal, quando foi revelado que o editor-chefe da Atlantic, Jeffrey Goldberg, foi adicionado inadvertidamente a um grupo de discussão com altos funcionários de segurança dos EUA. De acordo com fontes citadas pelo New York Times, Hegseth incluiu sua esposa e irmão em conversas sobre detalhes das missões no Iêmen.
O caso ganha contornos preocupantes à medida que se descobre que Hegseth utilizou uma segunda sala de bate-papo do Signal para divulgar horários de voos dos caças F/A-18 Hornets destinados a atacar os Houthis no Iêmen. Essa troca de informações aconteceu em 15 de março e envolvia seu círculo íntimo, composto por sua esposa Jennifer Rauchet, seu irmão Phil e um advogado pessoal. Embora tenha sido afirmado que nenhuma informação classificada foi discutida, a situação levanta questões sobre práticas de segurança em comunicações governamentais.
A esposa de Hegseth, ex-produtora da Fox News, não faz parte do Departamento de Defesa, mas acompanhou o secretário em várias viagens internacionais. Já seu irmão e o advogado Tim Parlatore possuem cargos no Pentágono. Um representante oficial declarou que o grupo de chat era informal e restrito aos conselheiros mais próximos de Hegseth antes de sua confirmação oficial.
Esse incidente remete ao primeiro escândalo do Signal, onde Goldberg foi acidentalmente adicionado a um grupo de discussão sobre um bombardeio planejado no Iêmen. Na ocasião, o mesmo Hegseth negou categoricamente que estivessem sendo compartilhados planos de guerra via mensagens de texto.
O uso do Signal, conhecido por sua encriptação de ponta a ponta, é amplamente adotado para comunicações seguras. No entanto, esses casos destacam falhas potenciais na maneira como as informações sensíveis são gerenciadas dentro dessas plataformas.
Apesar das negativas, este novo episódio reforça a necessidade de maior rigor nas práticas de comunicação entre autoridades de alto escalão. Ainda assim, muitas dúvidas permanecem sem resposta enquanto aguardamos uma declaração oficial de Pete Hegseth sobre o tema.
O recente escândalo coloca em xeque as medidas de segurança adotadas por altos funcionários americanos em suas comunicações privadas. Compartilhar detalhes de operações militares com familiares ou assessores informais pode comprometer seriamente a integridade das informações estratégicas. Este caso serve como alerta para a implementação de protocolos mais rígidos, garantindo que futuros incidentes não venham a colocar em risco operações críticas do governo.