O líder do Hamas em Gaza anunciou o acordo com uma proposta de cessar-fogo recebida recentemente. Apesar dos detalhes não estarem totalmente claros, Egito sugeriu a criação de um comitê de apoio comunitário para gerenciar a Faixa de Gaza. Israel, por sua vez, apresentou uma contraproposta após consultas conduzidas pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Este novo cessar-fogo ocorre após Israel ter violado um acordo anterior, lançando ataques aéreos letais contra Gaza e causando mais de 400 mortes.
O líder do Hamas, Khalil al-Hayya, afirmou que recebeu positivamente uma nova proposta de cessar-fogo mediada por intercessores. Ele destacou que espera que as partes envolvidas não obstruam os esforços da mediação. A sugestão inclui a formação de um comitê composto por figuras nacionais independentes, responsável por gerir a Faixa de Gaza em todas as áreas. Essa iniciativa visa impedir qualquer manipulação propagandística pelo inimigo ao assumirem suas responsabilidades imediatamente após o acordo.
A situação atual reflete tensões persistentes entre Hamas e Israel. Apesar de Egito estar ativamente envolvido como mediador, ainda não há confirmação oficial sobre os detalhes propostos. O papel desse comitê seria crucial para garantir uma gestão justa e transparente da região, promovendo maior autonomia local e minimizando interferências externas. No entanto, é essencial que todos os lados demonstrem boa vontade para avançar nas negociações e evitar futuros conflitos.
O novo cessar-fogo surge após a quebra de um acordo anterior por Israel, que resultou em ataques devastadores contra Gaza, matando centenas de pessoas. O acordo inicial previa duas fases: na primeira, Hamas libertaria reféns vivos e corpos em troca da liberação de prisioneiros palestinos; na segunda, negociariam a libertação de todos os reféns restantes e estabeleceriam um cessar-fogo permanente. No entanto, a fase dois nunca foi implementada, levando a escaladas contínuas de tensão.
Após o rejeitamento por parte de Hamas de uma extensão de 50 dias proposta por Steve Witkoff, representante especial dos EUA, Israel bloqueou a entrada de ajuda e bens em Gaza antes de realizar ataques aéreos no início de março. Resta saber como este novo acordo se diferencia do anterior e se será aceito pelas partes. Para alcançar a paz duradoura, é necessário que ambas as partes abordem suas demandas com flexibilidade e compromisso genuíno, reconhecendo a importância de soluções equilibradas e sustentáveis para a região.