No final da última sexta-feira, a maioria dos funcionários do Instituto Americano de Paz (USIP), uma instituição de pesquisa criada e financiada pelo Congresso, recebeu notificações por e-mail informando sua demissão em massa. Este movimento faz parte de um plano maior de reorganização do governo Trump, que visa reduzir o tamanho do governo federal. O presidente Donald Trump ordenou o fechamento do instituto e de outras três agências, além de demitir membros do conselho e o presidente da organização.
Em um cenário tumultuado, os e-mails foram enviados para contas pessoais dos funcionários, já que muitos haviam perdido acesso ao sistema da organização. Apenas alguns funcionários permaneceram empregados, incluindo aqueles do departamento de recursos humanos e alguns colaboradores internacionais com prazo até 9 de abril para retornar aos Estados Unidos. Cerca de 300 pessoas trabalham no instituto.
O conflito atingiu novos patamares quando membros da equipe de transição, conhecida como Doge, tentaram acessar as instalações do instituto, sendo bloqueados pelos próprios funcionários. Com auxílio da polícia local, a equipe de Doge conseguiu entrar nas dependências. Um processo judicial foi iniciado, e o juiz distrital Beryl Howell criticou representantes da Doge, mas não restabeleceu os membros do conselho nem permitiu o retorno dos funcionários ao espaço de trabalho.
Mary Glantz, ex-oficial de serviços estrangeiros e assessora sênior do instituto, afirmou que a decisão de demissão à noite segue o padrão da equipe Doge. Ela destacou a importância única do instituto no campo da resolução de conflitos, enfatizando que seu trabalho busca evitar que soldados americanos entrem em guerra.
Advogados do instituto, como George Foote, estão consultando sobre possíveis próximos passos legais. Os funcionários não fazem parte do processo atualmente em andamento, necessitando arquivar casos separados.
A partir da perspectiva de um jornalista, esta reestruturação levanta questões importantes sobre a eficácia das políticas públicas e o papel do governo na promoção da paz global. Embora a administração Trump argumente que está eliminando burocracia desnecessária, críticos apontam que cortes como este podem comprometer esforços cruciais para a resolução pacífica de conflitos. Este caso serve como um lembrete poderoso sobre a complexidade de equilibrar economia governamental com responsabilidade social.