O Tribunal Central Criminal de Lisboa foi o cenário escolhido para o início do julgamento do processo conhecido como Saco Azul. Este caso envolve várias personalidades e entidades associadas ao clube português Benfica, incluindo a SAD do Benfica, a Benfica Estádio, e outras empresas ligadas ao setor financeiro. Entre os arguidos presentes estão Rui Costa, atual presidente da SAD do Benfica, Luís Filipe Vieira, ex-presidente do clube, além de outros administradores e executivos anteriormente associados à instituição. Durante a primeira sessão, os arguidos foram questionados sobre sua disposição em prestar depoimentos no tribunal, com Rui Costa e Luís Filipe Vieira confirmando essa intenção.
No dia 9 de abril de 2025, em uma manhã marcada por tensões judiciais, teve início o julgamento do processo Saco Azul no Tribunal Central Criminal, localizado na capital portuguesa, Lisboa. Este caso reúne uma série de acusações graves contra algumas das figuras mais proeminentes do mundo empresarial esportivo nacional. A lista de arguidos inclui Rui Costa, representando a SAD do Benfica; Luís Filipe Vieira, antigo líder do clube; Domingos Soares de Oliveira, ex-administrador da SAD; Miguel Moreira, ex-diretor financeiro do Benfica; e José Bernardes, proprietário da empresa QuestãoFlexível. O Ministério Público acusa essas partes de envolvimento em crimes de fraude fiscal qualificada e falsificação de documentos. Em particular, Luís Filipe Vieira enfrenta três acusações de fraude fiscal qualificada e 19 de falsificação de documentos. Já a SAD do Benfica é acusada de dois crimes de fraude fiscal, enquanto a Benfica Estádio responde por um crime de fraude fiscal e outros 19 de falsificação de documentos.
Em uma cena simbólica, Rui Costa e Luís Filipe Vieira sentaram-se próximos, separados apenas por Miguel Moreira, demonstrando um momento histórico onde gerações diferentes da liderança do Benfica se encontram sob as mesmas acusações legais.
De acordo com o Ministério Público, as investigações revelaram práticas fraudulentas que teriam impactado significativamente as finanças públicas e privadas, levantando questões importantes sobre transparência e responsabilidade corporativa no ambiente esportivo.
A partir dessa perspectiva judicial, surge uma oportunidade para refletir sobre a necessidade de maior rigor nas práticas financeiras de clubes esportivos. Este caso serve como um alerta para todos os envolvidos no setor, evidenciando a importância de garantir total transparência e conformidade legal. Para os observadores externos, especialmente jornalistas e analistas, este julgamento sublinha a necessidade de vigilância constante sobre como as organizações desportivas gerenciam suas finanças e relações comerciais. A esperança é que este processo contribua para um futuro mais transparente e ético no mundo do esporte profissional.