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Mudanças Controversas na Smithsonian Institution sob Nova Ordem Executiva
2025-03-28

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, implementou uma ordem executiva direcionada à Smithsonian Institution, que administra mais de 20 museus e centros de pesquisa visitados por milhões anualmente em Washington DC e Nova York. A medida ordena a eliminação de ideologias consideradas divisivas ou anti-americanas nos museus e no Zoológico Nacional de Washington. Além disso, solicita ao secretário do interior a restauração de propriedades federais, como parques, monumentos e estátuas, que foram alterados indevidamente nos últimos cinco anos. Esta decisão faz parte de uma iniciativa para moldar a cultura americana, além da política.

Detalhes das Medidas Propostas

Em um movimento intitulado "Restaurando Verdade e Sanidade à História Americana", o vice-presidente JD Vance foi designado para liderar essa transformação, sendo membro do Conselho de Regentes da Smithsonian Institution. A ordem também sugere que o Congresso não deve financiar exposições e programas que promovam divisões raciais entre os americanos. Uma crítica particular foi dirigida ao Museu de História das Mulheres Americanas em desenvolvimento, acusado de planos para reconhecer homens como mulheres. O Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana também foi mencionado, com alegações de que conceitos como trabalho árduo e família nuclear foram erroneamente associados à cultura branca. Fundado em 2016 durante a gestão de Barack Obama, este museu se tornou um símbolo importante da história afro-americana.

A Smithsonian Institution oferece entrada gratuita a cerca de 15 a 30 milhões de visitantes por ano, administrando 21 museus em Washington, Virgínia e Nova York, incluindo o Museu Nacional de História Americana, a Galeria Nacional de Retratos e o Museu de Arte Americana. Além disso, a ordem instrui o Secretário do Interior Doug Burgum a concluir melhorias em Independence Hall, em Filadélfia, antes do 250º aniversário da assinatura da Declaração de Independência.

Trump tem tomado medidas drásticas para reconfigurar a cultura americana, criticando o que chama de ideologia "acordada" de esquerda. Ele já havia assinado outras ordens para eliminar programas de diversidade, equidade e inclusão dentro do governo federal, gerando desafios legais. Após assumir o cargo, ele substituiu o conselho do Centro John F Kennedy para as Artes Cênicas, nomeando-se como presidente, resultando em críticas generalizadas e cancelamentos de apresentações.

De um ponto de vista jornalístico, esta ordem levanta questões sobre a liberdade cultural e acadêmica. Ao tentar moldar a narrativa histórica e cultural, corre-se o risco de censurar perspectivas plurais e enriquecedoras. É essencial refletir sobre como as políticas governamentais podem impactar o patrimônio cultural e educacional de uma nação, preservando a diversidade de vozes e interpretações históricas.

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