Em meio a décadas de tensões, Estados Unidos e Irã realizaram uma segunda rodada de negociações em Roma sobre o programa nuclear iraniano. A reunião, que ocorreu no Embaixada do Omã no bairro Camilluccia, foi mediada pelo ministro de Relações Exteriores do Omã, Badr al-Busaidi. Enquanto jornalistas aguardavam do lado de fora, autoridades americanas enfatizaram a necessidade de impedir que o Irã desenvolva armas nucleares. O envio especial para o Oriente Médio dos EUA, Steve Witkoff, encontrou-se com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi. Este diálogo representa um momento histórico na relação entre as duas nações, marcada por desconfiança desde a revolução islâmica de 1979.
O encontro em Roma surge após uma primeira rodada de negociações realizada na capital do Omã, Mascate. O país tem sido tradicionalmente um intermediário confiável entre Irã e Ocidente. Durante esses diálogos, os delegados permaneceram em salas separadas, indicando que as conversas ainda são indiretas. Apesar disso, ambos os lados expressaram compromisso com a diplomacia como forma de resolver questões pendentes. Para o presidente Trump, a prioridade é garantir que o Irã não obtenha capacidade nuclear. Ele destacou sua intenção de promover prosperidade no país persa, mas com condições claras.
Antecedendo as negociações, Araghchi teve um encontro com o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, que expressou apoio ao processo diplomático. Rafael Mariano Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), também participou de discussões técnicas em Roma. Sua organização seria crucial para verificar qualquer acordo alcançado, assim como ocorreu com o pacto de 2015 entre o Irã e potências mundiais.
Embora as negociações avancem, a região continua instável devido ao conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, além de ataques americanos contra rebeldes houthis no Iêmen. Esses eventos aumentaram as tensões no Oriente Médio, tornando ainda mais urgente a busca por soluções pacíficas.
A continuação dessas conversas reflete a complexidade das relações internacionais e a importância da diplomacia paciente. Com cada passo dado, há esperança de que a estabilidade regional possa ser restaurada, evitando consequências mais graves. As próximas etapas dependerão tanto da boa-fé quanto de medidas concretas tomadas por ambas as partes envolvidas.