O presidente Donald Trump anunciou recentemente uma ordem executiva destinada a transformar o financiamento e direcionamento do Smithsonian Institution, atacando programas que promovem narrativas consideradas "divisivas". Este movimento faz parte de uma série de medidas contra instituições culturais que Trump vê como excessivamente liberais. Ele acusa essas organizações de substituir fatos objetivos por ideologias distorcidas, especialmente em relação à história dos Estados Unidos.

Mudanças Radicais Propostas para o Smithsonian

No outono de sua presidência, Donald Trump tomou medidas significativas ao assinar discretamente uma ordem executiva que alteraria profundamente as operações do Smithsonian Institution. Essa decisão coloca o vice-presidente JD Vance no comando da supervisão das reformas dentro do complexo museológico, educacional e de pesquisa. O objetivo declarado é eliminar qualquer vestígio de "ideologia imprópria" nas atividades do Smithsonian, incluindo seus museus, centros de educação e até o Zoológico Nacional.

A crítica de Trump se concentra particularmente no Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana, inaugurado em 2016, bem como no futuro Museu de História das Mulheres e no Museu de Arte Americana. Ele argumenta que esses espaços devem ser locais de aprendizado neutro, longe de qualquer doutrinação ideológica ou narrativas divisórias. Além disso, a ordem sugere a reintrodução de monumentos confederados retirados após o assassinato de George Floyd em 2020.

Essa iniciativa marca mais um capítulo na luta cultural liderada pelo governo Trump contra universidades, artes e outras entidades que ele julga alinhadas com valores progressistas. Em resposta, a porta-voz do Smithsonian, Linda St. Thomas, afirmou que a instituição não fará comentários sobre o assunto por enquanto.

A partir de agora, JD Vance trabalhará em conjunto com o escritório orçamentário da Casa Branca para garantir que os fundos futuros do Smithsonian não sejam utilizados em projetos que contradigam leis federais ou políticas estabelecidas.

Do ponto de vista jornalístico, esta medida levanta questões importantes sobre o papel das instituições públicas em moldar a memória coletiva de uma nação. Ela destaca a tensão entre a preservação histórica objetiva e a influência política sobre a forma como eventos passados são interpretados e apresentados ao público. Para muitos observadores, isso reforça a necessidade de manter o equilíbrio entre a liberdade acadêmica e a responsabilidade pública, evitando que interesses partidários comprometam a integridade das instituições culturais.