Um poderoso tremor atingiu o centro de Mianmar, segundo informações do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O evento ocorreu em Mandalay, gerando impactos significativos na capital tailandesa, Bangcoc, e outras áreas próximas. Com magnitude estimada em 7,7, este fenômeno geológico trouxe à tona a vulnerabilidade estrutural da região, evidenciando uma possível tragédia humanitária.
No início da manhã de um dia ensolarado em Mandalay, às 6:21 GMT, a terra começou a tremer com intensidade incomum. A origem desse movimento telúrico foi identificada em uma profundidade rasa de apenas cerca de 10 quilômetros, amplificando os danos em prédios e infraestruturas locais. Vários edifícios colapsaram, enquanto estradas foram severamente comprometidas, criando obstáculos para resgates imediatos. Além disso, as perdas humanas foram confirmadas tanto em Mianmar quanto na Tailândia, indicando a amplitude do desastre.
O terremoto ocorreu ao longo da falha Sagaing, uma linha de ruptura que separa as placas tectônicas da Índia e da Eurásia. Especialistas explicam que essas duas massas rochosas se moveram lateralmente, causando uma "falha por cisalhamento". Essa atividade não é inédita na região; desde 1900, pelo menos seis grandes eventos sísmicos já haviam sido registrados nas proximidades.
A magnitude do tremor, medida pela escala de momento, reflete a força do material rochoso, a área afetada e o deslocamento resultante. Embora alguns registros indiquem variações nos números, como o valor de 7,9 relatado pelo Centro de Redes Sísmicas da China, fica claro que o impacto seria muito menor caso o epicentro estivesse mais profundo.
Este desastre natural reforça a importância de investimentos em infraestrutura resiliente e planejamento urbano adequado. A vulnerabilidade das construções na região, especialmente aquelas projetadas sem considerar forças sísmicas, aumentou drasticamente o número de vítimas e prejuízos materiais. Além disso, os abalos secundários esperados podem complicar ainda mais os esforços de resgate, colocando em risco edifícios já enfraquecidos.
Embora a ciência ainda não possa prever com precisão a ocorrência de terremotos, estudos mostram que áreas conhecidas como "gaps sísmicos" têm maior probabilidade de experimentar eventos futuros. Assim, a conscientização e preparação são cruciais para minimizar consequências devastadoras em cenários semelhantes.