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Ordem Executiva Redefine a Narrativa Histórica Americana
2025-03-28

O presidente dos Estados Unidos lançou uma nova iniciativa para moldar a percepção histórica do país, direcionando sua atenção para o Smithsonian Institution. Sob o argumento de que essa instituição tem promovido ideologias divisivas e retratos negativos da história americana, a ordem executiva busca reorientá-la como um "símbolo de inspiração e grandeza americana". O documento critica movimentos revisionistas que desvalorizam os princípios fundamentais do país e exige maior controle sobre exposições ou programas que possam minar valores compartilhados. Além disso, o governo também ordenou revisões sobre monumentos públicos sob jurisdição federal desde 2020.

No contexto atual, o presidente expressa preocupações crescentes com narrativas que ele considera prejudiciais à imagem do país. Sua ordem intitulada "Restaurando Verdade e Sanidade na História Americana" almeja contrabalançar visões que retratam os valores ocidentais como opressores. Essa crítica específica aponta para o Smithsonian Institution, acusado de adotar uma abordagem centrada em questões raciais que fragmentam a sociedade. Ainda que o Smithsonian seja governado por um conselho composto por democratas e republicanos, a administração exorta o vice-presidente JD Vance, membro do conselho, a colaborar com o Congresso para limitar gastos em projetos que contradigam as leis federais.

Outro ponto sensível é a construção do Museu de História das Mulheres Americanas, cujo desenvolvimento está sendo monitorado de perto pelo governo. A ordem enfatiza que esse museu deve evitar reconhecer homens como mulheres, garantindo uma abordagem estritamente tradicional. Esse movimento ocorre após o Smithsonian ter fechado recentemente seu escritório de diversidade, em resposta a outra ordem presidencial que proibiu programas de inclusão financiados pelo governo federal.

As repercussões dessa decisão ainda estão se desenrolando, com líderes do Smithsonian surpreendidos pela rapidez com que a ordem foi implementada. Comparada ao recente caso do Kennedy Center, onde o presidente assumiu diretamente o controle, esta medida sugere uma tendência de centralização de autoridade sobre instituições culturais importantes. Adicionalmente, o Departamento do Interior foi instruído a avaliar qualquer mudança em monumentos públicos que possa distorcer a história oficial desde 2020.

A nova orientação representa um esforço deliberado para reformular não apenas a maneira como a história é contada, mas também como ela é ensinada e celebrada nos Estados Unidos. Ao focar em valores tradicionais e evitar abordagens contemporâneas, o governo busca consolidar uma narrativa unificadora que respeite e valorize as conquistas nacionais sem minimizar seus desafios. No entanto, essa abordagem divide opiniões entre defensores de uma visão inclusiva e aqueles que apoiam uma interpretação mais conservadora da história americana.

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