notícias
Plano de Proibição de Corantes Alimentícios Sintéticos nos EUA
2025-04-23

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos anunciou uma iniciativa destinada a eliminar corantes alimentícios sintéticos amplamente utilizados em snacks populares. Robert F. Kennedy Jr., secretário do órgão, revelou um plano que começará com a retirada da autorização para dois corantes específicos pelo FDA, seguido por esforços colaborativos com a indústria para eliminar seis outros corantes baseados em petróleo. Inspirado pela legislação californiana, o movimento busca promover alternativas naturais e acelerar mudanças no setor alimentício antes do prazo legal.

A preocupação com os impactos desses corantes na saúde infantil tem aumentado significativamente. O anúncio oficializado por Kennedy foi bem recebido por grupos defensores da segurança alimentar, que há anos questionam a segurança dessas substâncias. O FDA já havia proibido o corante vermelho nº 3 devido ao risco elevado de câncer em alguns estudos com animais. Este aviso visa pressionar as empresas a remover essas substâncias de seus produtos mais cedo do que o prazo inicialmente acordado.

O plano começa com medidas regulatórias específicas. A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) revogará imediatamente a autorização para o uso de corantes como o vermelho cítrico nº 2 e o laranja B. Essa decisão marca o início de uma campanha mais ampla que inclui a eliminação gradual de seis corantes sintéticos adicionais amplamente usados: azul nº 1, azul nº 2, verde nº 3, vermelho nº 40, amarelo nº 5 e amarelo nº 6. Esses corantes têm sido objeto de críticas por possíveis danos ao desenvolvimento infantil e alterações comportamentais.

Paralelamente, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos está incentivando a adoção de corantes naturais, como o azul derivado da gengibreira ou fosfato de cálcio. Durante o evento, o comissário do FDA, Marty Makary, destacou soluções simples e acessíveis, sugerindo substitutos como suco de melancia ou beterraba para colorir alimentos sem comprometer a saúde pública. Ele enfatizou que essas mudanças podem ser implementadas de maneira cooperativa entre governo e indústria.

Makary também mencionou sua colaboração com autoridades da Califórnia, estado pioneiro em legislação sobre corantes alimentícios. A lei estadual, que entra em vigor até o final de 2027, serviu de inspiração para as propostas federais. Ao trabalhar conjuntamente com representantes da indústria alimentícia, espera-se que as empresas adotem voluntariamente essas mudanças antes do prazo legal obrigatório.

O anúncio reflete uma nova abordagem governamental em relação à segurança alimentar. Kennedy afirmou que a dependência de aditivos artificiais contribui para problemas de saúde generalizados. Seus apoiadores celebraram essa medida como parte integrante de sua agenda "Deixemos a América Saudável Novamente". Diante de crescentes dúvidas sobre a capacidade do governo federal de garantir alimentos seguros, esta iniciativa busca restaurar a confiança pública enquanto promove práticas mais sustentáveis no setor alimentar.

Com este plano, o governo demonstra seu compromisso em proteger a saúde pública, especialmente das crianças, promovendo alternativas seguras e incentivar a indústria alimentícia a adotar práticas mais responsáveis. A expectativa é que essas mudanças sejam implementadas de forma eficaz, melhorando não apenas a segurança dos alimentos, mas também a percepção da população sobre a vigilância sanitária do país.

more stories
See more